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Betel Adultos – 1 Trimestre 2021 – 21-02-2021 – Lição 8 – A ousadia do cristão diante dos infortúnios

18/02/2021

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“Então o rei lhe disse: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.” Ester 5.3

TEXTOS DE REFERÊNCIA

ESTER 5.1,3-5 

1 Sucedeu, pois, que, ao terceiro dia, Ester se vestiu de seus vestidos reais e se pôs no pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento. 

3 Então o rei lhe disse: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é tua petição? Até metade do reino se te dará. 

4 E disse Ester: Se bem parecer ao rei, venha o rei e Hamã hoje ao banquete que lhe tenho preparado. 

5 Então disse o rei: Fazei apressar a Hamã, que cumpra o mandado de Ester. Vindo, pois, o rei e Hamã ao banquete, que Ester tinha preparado.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  1. Mostrar que devemos ser ousados. 
  1. Explicar que para Deus nada é impossível. 
  1. Destacar as vantagens de se fazer um planejamento.

INTRODUÇÃO

Olá irmãos e irmãs, Paz do Senhor.

Esta lição abordará os aspectos da atitude de Ester diante do terrível problema que a estava assolando, bem como aos judeus que haviam permanecido na Pérsia.

De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra ousadia tem os seguintes significados:

  1. Ação ou qualidade de ousado = ARROJO, ATREVIMENTO, AUDÁCIA, CORAGEM 
  1. Qualidade do que é impertinente, inconveniente ou insolente. = ATREVIMENTO, IMPERTINÊNCIA, INSOLÊNCIA 
  1. Qualidade do que é original ou inovador. = INOVAÇÃO, ORIGINALIDADE

Algumas pessoas possuem dificuldades para utilizar esta palavra no contexto cristão, pois, ela é mais associada a aspectos negativos do que a positivos, porém, podemos utilizá-la levando em consideração que também pode significar coragem.

A atitude de Ester perante o grande problema envolvendo a ordem do rei, não nos mostra que ela era apenas uma mulher corajosa, mas sim, uma mulher cheia de fé e confiança no Deus todo poderoso.

A fé nos faz acreditar em coisas que não existem e que, em teoria, não poderiam acontecer.

O conceito de fé que o escritor aos hebreus nos traz, mostra exatamente isto.

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem”. (Hb 11.1 – ARC)

Em outra tradução:

“QUE É A FÉ? É a convicção segura de que alguma coisa que nós queremos vai acontecer. É a certeza de que o que nós esperamos está nos aguardando, ainda que o não possamos ver adiante de nós”. (BV)

A lei persa era clara quanto à aproximação de qualquer pessoa à presença do rei e isto era algo que envolvia a segurança do monarca, pois, existiam milhões de pessoas que haviam sido conquistadas pela coalisão MEDO PERSA e muitos destes poderiam desejar a morte do rei.

Desta forma, a atitude da rainha foi de extrema coragem, pois sua vida estava em risco.

1 – DEVEMOS SER OUSADOS

A maior parte dos textos bíblicos do N.T. que trazem a palavra “ousadia” estão associados à intrepidez dos discípulos para falar de Cristo.

“Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação e transbordante de gozo em todas as nossas tribulações”. (2 Co 7.4 – ARC) 

“Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra” (At 4.29 – ACF) 

“Então, eles, vendo a ousadia de Pedro e João e informados de que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus”. (At 4.13 – ACF) 

O apóstolo Paulo escreve aos efésios um texto interessante sobre a ousadia. 

“A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou; para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus, nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele. Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós, que são a vossa glória”. (Ef 3.8-13 – ARC)

De acordo com o Dicionário Strong, a palavra “ousadia” neste caso é “παρρησια parrhesia” de 3956 e um derivado de 4483 ; TDNT – 5:871,794; n f 1) liberdade em falar, franqueza na fala 1a) abertamente, francamente, i.e, sem segredo 1b) sem ambiguidade ou circunlocução 1c) sem o uso de figuras e comparações 2) confiança aberta e destemida, coragem entusiástica, audácia, segurança 3) comportamento pelo qual alguém se faz conspícuo ou assegura publicidade.

Desta forma, parece-nos que tal aspecto do comportamento está intimamente ligado ao poder que o Senhor dá aos seus filhos para demonstrar ao mundo que existe algo diferente neles, por isto, reforço que a opinião deste que vos escreve é que devemos utilizar algumas palavras com cautela, principalmente se estudarmos a etimologia destas.

Se não fosse a situação imposta à rainha, ela nunca adentraria à presença do rei sem ter sido convidada, pois, certamente morreria.

Será que realmente devemos ser ousados em tudo o que fizermos? Será que é este o nosso dever como cristão? Será que existe diferença entre ser forte e corajoso e ser ousado?

O Dicionário Priberam conceitua a palavra coragem da seguinte forma:

  1. Firmeza de ânimo ante o perigo, os reveses, os sofrimentos. = INTREPIDEZ, OUSADIA ≠ COBARDIA 
  1. [Figurado] Constância, perseverança (com que se prossegue no que é difícil de conseguir). 
  1. Exclamação usada para animar ou incentivar (ex.: coragem, vai correr tudo bem!).

Ester teve fé o coragem para tomar a decisão e agir em prol de sua salvação, bem como de todos os judeus.

Da mesma forma, milhões de cristãos ao redor do mundo foram revestidos de algo sobrenatural para que pudessem pregar a Palavra em locais onde poderiam ser mortos, começando com os apóstolos.

O apóstolo Paulo nos diz na última carta que escreveu; 2 Timóteo; que havia combatido o bom combate e esta expressão tem teor militar, pois ele literalmente guerreou contra os exércitos celestiais, tendo vencido em nome de Jesus, pois, como homem, não poderia ter obtido sucesso.

O texto citado pelo Bispo Abner Ferreira em 2 Tm 1.7, utiliza a expressão fortaleza (poder em outra tradução) e, de acordo com o teólogo, pedagogo e psicólogo suíço Hans Bürki, significa o seguinte.

“Trata-se do Espírito de Cristo, que fortalece o apóstolo para o serviço (1Tm 1.12). Nesse Espírito também Timóteo pode haurir novas forças (2Tm 2.1). O Espírito de poder é o Espírito que concede franqueza, audácia, prontidão, desinibição, destemor, certeza para o testemunho e o serviço. Não são determinantes a força natural do caráter ou o poder imponente da personalidade, mas o Espírito Santo, por seu dinamismo, é capaz de desencadear em uma pessoa frágil, limitada e até mesmo tímida por natureza, um movimento e uma mobilidade espantosa. Ainda hoje a franqueza de pessoas sem estudo e recursos surpreende mais as pessoas do que todo o conhecimento adquirido por força própria. No entanto a ousadia que o Espírito Santo concede não deve ser confundida com a ingenuidade pujante de presunção em cristãos que consideram sua pequena medida de fé, saber e experiência como a coisa suprema e essencial. Quando se entende a instrução de Paulo a Timóteo, então não é possível tornar-se refém da ideia de que a verdadeira desinibição seria dada aos que se contentam com aquilo que detêm como potencialidades pessoais. O Espírito Santo solta o entorpecimento do espírito humano. Torna-o incandescente e introduz uma tendência dinâmica de reformulação e incremento”.

Este teólogo coaduna com nosso pensamento sobre a necessidade de sermos corajosos e não ousados.

1.1 – A ousadia de Ester

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Definitivamente Ester foi uma mulher extremamente corajosa e, ainda que o Espírito Santo não habitasse nas pessoas que viveram nas épocas relatadas pelo A.T. como habita em nós, o Senhor a encheu de coragem para arriscar sua vida. Se o Senhor não tivesse ouvido suas orações, ela morreria, mas ela, confiou Nele sem reservas.

Este ato nos faz lembrar das palavras proferidas pelos amigos de Daniel, quando foram confrontados pelo imperador da Babilônia.

“Responderam Sadraque, Mesaque e Abedenego e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste”. (Dn 3.16-18 – ARC)

Este texto nos mostra uma atitude de coragem diante da possibilidade eminente de morte, mas, em nenhum momento o texto nos mostra que Sadraque, Mesaque e Abedenego queriam desrespeitar as ordens do rei pelo simples fato de serem ousados, mas sim, por terem aprendido que não deveriam adorar nenhum outro deus.

Vejamos que a diferença entre a ousadia proposta pelo comentarista e o ato de Ester e os companheiros de Daniel é gritante.

Devemos ser ousados, no sentido pleno da palavra, contra os ataques do diabo, porém, não em nós mesmos; como alguns fazem afirmando que podem pisar na cabeça de satanás; mas na força, fortaleza, poder e coragem do Senhor.

É estranho a forma com que alguns líderes espirituais “ensinam” seus fiéis, dizendo que o diabo não pode contra nós, que ele está amarrado debaixo de nossos pés, porém, a Bíblia nos mostra que Miguel, o arcanjo do  Senhor não ousou pelejar contra satanás no tocante ao corpo de Moisés, mas disse: “O Senhor te repreenda”.

“E, contudo, também estes, semelhantemente adormecidos, contaminam a sua carne, e rejeitam a dominação, e vituperam as autoridades. Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda. Estes, porém, dizem mal do que não sabem; e, naquilo que naturalmente conhecem, como animais irracionais, se corrompem”. (Jd 1.8-10 – ARC)

O teólogo alemão Werner de Boor nos traz um rico comentário sobre este texto.

“Judas constata uma perigosa soberba nesse blasfemar. Que espíritos arrogantes são esses, que ousam algo a que nem mesmo um dos maiores príncipes de anjos se viu autorizado? No entanto, Miguel, o arcanjo, quando, contendendo com o diabo, teve uma discussão com ele acerca do corpo de Moisés, não se atreveu a pronunciar um juízo insultante contra ele, mas declarou: “Que o Senhor te repreenda (ou: puna)!” Miguel tem de travar a luta vitoriosa contra Satanás por incumbência do Senhor (Ap 12.7-9). Por isso é tanto mais significativo que Miguel, na ocasião passada em que disputava o corpo de Moisés, não se dirigiu ao diabo com uma sentença blasfemadora, mas deixou a “repreensão” totalmente por conta do Senhor, que como repreensão divina possui máxima eficácia (Sl 18.15; 104.7; 106.9) e por isso também pode ser traduzido por “punir”. Como, então, seres humanos ousariam blasfemar glórias, ainda que sejam caídas e hostis a Deus”?

Observemos que ele não foi ousado, nem tampouco corajoso, pois é um ser que cumpre as ordens do Senhor de forma cabal.

1.2 – Não seja covarde

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Ester não foi covarde, Daniel também não. Os amigos de Daniel não foram covardes, Abrão também não e em toda a Bíblia observamos homens e mulheres que fizeram a diferença em sua época por terem sido corajosos.

Ester, Daniel e seus companheiros, arriscaram a vida por causas específicas envolvendo sua fé; Abrão foi corajoso ao decidir obedecer a voz de Deus quando Ele lhe disse para sacrificar seu filho e outros fizeram o mesmo.

A coragem é algo que precisa ser inerente ao cristão, porém, até mesmo na coração é necessário termos um comportamento baseado na Palavra do Senhor.

Daniel e seus companheiros se viram em perigo por não terem adorado outros deuses, mas foram corajosos e mantiveram sua posição. Abrão acreditava que se o Senhor realmente o deixasse matar seu filho, poderia ressuscitá-lo e assim deve ser nossa coragem diante de qualquer situação, ou seja, devemos agir de forma a adorar a Deus em nossa atitude.

Sabemos que o medo é uma emoção que produz segurança para nós, pois, se tal emoção não existisse, não viveríamos muito, pois enfrentaríamos leões e cobras, pularíamos de montanhas e nos afogaríamos nas águas profundas.

O Senhor está na coragem, mas também no medo.

O que não podemos ter é medo de agir quando o Senhor nos impele, assim como faz com os aqueles que tem o dom da profecia e isto é tão sério, que Paulo escreve que o espírito (do profeta) é sujeito ao profeta, que pode escolher “entregar” a profecia ou não. Se entregar poderá exortar, consolar ou edificar alguém (1 Co 14) e, se não entregar, poderá contribuir para que alguém não seja abençoado.

O escritor do livro de Josué deixa claro que o discípulo de Moisés deveria ser corajoso, pois fora o Senhor quem lhe escolhera.

“Não to mandei eu? Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo, por onde quer que andares”. (Js 1.9 – ARC)

Em outra tradução:

“Lembre da minha ordem: “Seja forte e corajoso! Não fique desanimado, nem tenha medo, porque eu, o SENHOR, seu Deus, estarei com você em qualquer lugar para onde você for”! (NTLH)

Desta forma, não seja corajoso naquilo que você sabe que deve fazer, quer seja através do conhecimento secular ou bíblico.

1.3 – Seja corajoso

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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