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18/02/2019
Esse post é assinado por Eliel Goulart
“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas.” – II Coríntios 10.4
Por trás das aparências, há uma batalha espiritual invisível contra a Igreja.
Efésios 6.10 a 12
10 – No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
11 – Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo;
12 – porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contras potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Efésios é chamada de o Santo dos Santos das Cartas de Paulo.
Depois de enfatizar as riquezas da graça nos três primeiros capítulos, e do andar em Cristo nos dois seguintes, o último capítulo de Efésios trata de batalha espiritual, que é o tema deste trimestre.
Satanás não estará inerte diante de tantas riquezas e andar sem que batalhe contra o crente, ainda que seja um inimigo derrotado.
Ele atacará as reais riquezas na vida do crente:
1 – riquezas da Sua graça
Efésios 1.7 – “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça.”
2 – riquezas da glória
Efésios 1.18 – “Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos.”
Efésios 3.16 – “Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados (fortalecidos-ARA-anotação nossa) com poder pelo seu Espírito no homem interior.”
3 – riquezas incompreensíveis
Efésios 3.8 – “A mim, o mínimo (menor-ARA-anotação nossa) de todos os santo, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis (insondáveis-ARA – anotação nossa) de Cristo.”
Satanás atacará, também, o nosso andar em Cristo:
1 – o andar com dignidade
Efésios 4.1 – “Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados.”
2 – o andar em amor
Efésios 5.2 – “E andai em amor, como também Cristo vos amor e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.”
3 – o andar como filhos da luz
Efésios 5.8 – “Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz.”
4 – o andar com prudência
Efésios 5.15 – “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios.”
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Efésios está dividida em duas partes. Parte doutrinária e parte prática. A parte doutrinária abrange os capítulos 1, 2 e 3. E Paulo trata da riqueza do crente em Cristo. A parte prática abrange os capítulos 4, 5 e 6. E Paulo trata do andar do crente em Cristo.
Há muitas semelhanças entre Efésios e Colossenses. Ambas apresentam primeiramente a doutrina referente à glória de Cristo e depois, numa segunda seção, exortam quanto à praticar na convivência social.
As duas, mais a carta a Filemon, foram escritas conjuntamente. Contém 6 capítulos e 155 versículos.
O escritor é Paulo. Escrita na cidade de Roma, por volta do ano 64.
Efésios 6.10 – “No demais…”
Do grego loipou. É um adjetivo. Com o significado de “a partir de agora”. Muitas traduções usam o termo “finalmente”. Ocorre duas vezes no Novo Testamento, e somente nas cartas paulinas: Gálatas 6.17 e aqui em Efésios 6.10. (Strong).
Mas, há também a definição curta como “doravante”. Com o sentido de “daqui para a frente”, “do presente para o futuro”. Porque Paulo, após expor a doutrina, os mistérios revelados em Cristo, e a exortação a praticar as verdades ensinadas, a partir de agora, passa a mostrar que o Inimigo se oporá a tudo antes exposto, e conclama à vitória pelas armas espirituais.
Quando a epístola está chegando ao fim, Paulo enfatiza com a ideia de continuação – do presente para o futuro na vida dos cristãos, de todos os cristãos de todos os tempos, até o arrebatamento da Igreja – é necessário requisitar a força de Deus para vencer.
Os princípios doutrinários exigem deveres práticos. Contra a doutrina e contra a prática, doravante os irmãos estarão – continuamente – em batalha espiritual.
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Os crentes são exortados a serem fortes. Acreditar intelectualmente no Evangelho não é suficiente nesta Batalha Espiritual. E mais fraqueza haverá se falarmos e não andarmos de acordo com a doutrina. A nossa crença nada valerá!
Isaías 8.20 – “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.”
Dizer que tem sentimentos por Jesus Cristo, e a nossa vida não se inspirar no serviços a Ele, sem a fé que age em submissão e obediência à Sua Palavra, é inútil.
João 8.31 – “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos.”
O que o apóstolo exorta diante desta realidade?
Que o crente não pode fortalecer-se a si mesmo. E não é caso de ser fortalecido somente uma vez. É fortalecimento constante, pois a oposição maligna é contínua.
“Fortalecei-vos…” – verbo grego endunamoó. Trata de aoristo (explica-se assim: “fortalecei-vos e continuem se fortalecendo”) presente imperativo. A ideia do verbo é de continuidade. (Léxico Grego Thayer).
“…no Senhor” – em quem repousa a nossa força e em quem, pela fé, podemos ser fortalecidos.
“…e na força de Seu poder.” – Em Efésios 1.19, Paulo já se referiu à “sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder.”
E em Efésios 3.16, Paulo ensina que o Espírito Santo fortalece o nosso homem interior com poder. Aleluia!
A nossa força própria para as batalhas espirituais, é apenas fraqueza. E mesmo assim, o poder de Cristo opera em nós, e Ele comunica a nós poder suficiente para vencermos.
Parece estranho mandar alguém tão fraco, que seja forte. Mas, nada há de estranho se considerarmos a origem da força: no Senhor!
Em nós há fraqueza, debilidade, faltas que nos desqualificam para cumprir este mandamento. E então somos, de nós mesmos, presas fáceis ao Maligno. Mas, este mandamento implica ser forte no Senhor. Isto significa, em profundidade, que somos totalmente dependentes do Senhor para vencer. Dependência contínua numa batalha contínua.
Isaías 40.29 – “Dá vigor ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.”
A certeza de nossa fraqueza nos obriga a obedecer este mandamento e depender Dele todos os dias.
Com o rei Davi, oremos:
II Samuel 22.33 – “O Senhor é a minha Força e a minha Fortaleza; e Ele perfeitamente desembaraça o meu caminho.”
Pastor Eliel Goulart
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