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16/04/2019
Esse post é assinado por Carlos Henrique Soares
1 NUMA CERTA OCASIÃO, quando os anjos reuniram na presença do Senhor, Satanás estava entre eles, mais uma vez.
2 De onde você vem? “Perguntou o Senhor a Satanás”. “Estive rodeando a terra e observando os homens”, foi à resposta.
3 “Então você deve ter observado o meu servo Jó, ” disse o Senhor. “Deve ter percebido que ele é mesmo o homem mais justo de toda a terra, sincero e obediente a Mim, cuidadoso para não cometer pecado algum. Jó ainda Me ama de coração, apesar de Eu ter permitido que você tirasse tudo que ele possuía inclusive os filhos.”
4 Satanás respondeu ao Senhor: “Cada um cuida de sua própria pele! Qualquer um ficaria satisfeito de perder tudo o que tem se em troca puder conservar sua vida.
5 Mas se o Senhor estender a mão e tirar a saúde de Jó, ele acabará negando e amaldiçoando a Deus abertamente! “.
6 E o Senhor disse a Satanás: “Está bem! Faça o que quiser com ele mas não tire a sua vida! ”
7 Então Satanás partiu da presença do Senhor e lançou uma terrível doença sobre Jó. O corpo de Jó ficou inteiramente coberto de feridas abertas e cheias de pus, dos pés à cabeça.
8 Sofrendo muito, Jó se sentou sobre um monte de cinzas e, com um caco de barro, começou a coçar suas feridas.
7 Então Satanás partiu da presença do Senhor e lançou uma terrível doença sobre Jó. O corpo de Jó ficou inteiramente coberto de feridas abertas e cheias de pus, dos pés à cabeça. Jó 2.7
Paz do Senhor nobres professores(as) e vocacionados(as).
Após destruir a família de Jó, Satanás decide ferir também o corpo do servo de Deus. Seu intuito era provar ao Criador que Jó se rebelaria contra Ele, logo que sentisse dor na carne. Muita dor, Jó desistiria da fé. Só que Jó suportou a dor com humildade, sem ofender o nome de Deus e o adorou.
O caso de Jó apresenta o teste da fé na sua forma mais severa — o homem supremamente justo que suporta as agonias mais extremas.
Como pode ele, ou qualquer outra pessoa, continuar a acreditar que Deus é justo e imparcial naquilo que, às vezes, faz com as pessoas? Não pode haver dúvida de que Deus, e somente Deus, é responsável por tudo quanto acontece a Jó, mas em sua soberana vontade, impôs limites a atuação de Satanás.
O inimigo o feriu severamente a ponto de sua enfermidade chamar a atenção de todos, inclusive dos amigos que vieram de longe para assisti-lo em sua dor, no entanto, é o próprio Satanás o principal expectador da sua aflição na esperança de ouvir dos lábios do homem reto, integro, temente a Deus e que se desviava do mal, blasfemar contra o seu Criador.
Em nossas aflições, este mesmo inimigo está assentando de camarote esperando a nossa murmuração, porém, nossas dores são ricas oportunidades de glorificarmos a Deus mesmo na adversidade!
E disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele [está] na tua mão; porém guarda a sua vida. Jó 2.6
O versículo acima se parece com uma paródia cínica do reverente louvor com o qual Jó reagiu à sua desolação (Jó 1:21). Satanás insinua que mesmo a doxologia (fórmula de louvor e glorificação frequente no A.T.) de Jó, brotada na angústia da aflição, era a reação calculada de um hábil lutador.
Embora desapontado por Deus não lhe ter permitido ficar com nada, Jó escondeu sua amargura pelas perdas, sem profanar solicitude por seu bem-estar físico.
“tudo quanto o homem tem dará por sua vida” (Jó 2.4b). Satanás dá a entender que Jó, através de sua doxologia apenas fingiu amor a Deus como gratificação exorbitante, mas necessária para garantir sua saúde.
“Toca-lhe nos ossos e na carne” (Jó 2. 5b). Se Deus consentir que Satanás toque não simplesmente nas posses de Jó, mas também em sua pessoa, de modo que não reste nenhuma vantagem para “o acordo religioso”, Jó devolverá maldição por maldição. Assim novamente Satanás continua a partir da depreciação da piedade passada de Jó até uma predição de que ele se comprovará profano.
Assim novamente Deus permite que o mistério da aflição venha tragar o seu servo.
“Tumores malignos” (Jó 2.7b). Opiniões médicas modernas não são unânimes no diagnóstico da doença de Jó, mas de acordo com o prognóstico nos dias de Jó, era aparentemente incurável.
Os horríveis sintomas incluíam erupções inflamadas acompanhadas de intenso prurido (Jó 2:7,8), feridas contaminadas por bichos (Jó 7:5), erosão óssea (Jó 30:17), escurecimento e descamação da pele (Jó 30:30) e terríveis pesadelos noturnos (Jó 7:14), embora alguns desses sintomas possam ser atribuídos à prolongada duração que se seguiu à instalação da doença. Todo o corpo de Jó, ao que parece, foi rapidamente tomado pelos sintomas repugnantes e dolorosos. Embora Satanás fosse obrigado a poupar a vida de sua vítima, o sofredor provavelmente pensava que sua morte era iminente. Em cinza (Jó 2. 8b).
A doença incurável foi tal que reduziu este antigo príncipe dos patriarcas orientais, respeitado acima de qualquer outro, a um pária da sociedade humana. Antes considerado o sal da terra, foi agora expulso dela como se fosse refugo. Sua habitação foi o isolamento completo daquilo que provavelmente era o monturo da cidade.
Pr. Carlos Henrique Soares
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