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Betel Adultos – 4º Trimestre de 2018 – 16-12-2018 – Lição 11: O desafio da reorganização social

12/12/2018

Esse post é assinado por Cláudio Roberto de Souza

TEXTO ÁUREO

Neemias 11:2


2 E o povo bendisse a todos os homens que voluntariamente se ofereciam para habitar em Jerusalém. (ARC)

TEXTO DE REFERÊNCIA

Neemias 11:1-3


1 E os príncipes do povo habitaram em Jerusalém, mas o resto do povo lançou sortes para tirar um de dez, para que habitasse na santa cidade de Jerusalém, e as nove partes, nas outras cidades.

2 E o povo bendisse a todos os homens que voluntariamente se ofereciam para habitar em Jerusalém.
3 E estes são os chefes da província que habitaram em Jerusalém (porém nas cidades de Judá habitou cada um na sua possessão, nas suas cidades, a saber, Israel, os sacerdotes, e os levitas, e os netineus, e os filhos dos servos de Salomão). (ARC)

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Extrair exemplos de fé nas atitudes de Neemias;
  • Explicar a necessidade de ordem para o bom andamento do culto;
  • Aprender a planejar não apenas na técnica, mas na dependência de Deus.

INTRODUÇÃO

Paz seja convosco!

Estudando o livro de Neemias, chegamos a mais uma importante etapa do retorno do povo a sua terra. Desta vez, no capítulo 11, iremos constatar a organização do repovoamento da capital de Israel – Jerusalém!

O que se vê aqui, não é outra coisa senão, mais um dos propósitos divinos sendo implementados, isto é, a vida em sociedade.

Precisamos enxergar e entender que a vida social é um dos princípios elementares da existência humana e todos os que tentam viver diferentemente da proposta divina se tornam pessoas infelizes ou se privam de experimentar a alegria mais plenamente.

O povo retornava de longo período de cativeiro e toda reestruturação passou também pela questão social, pois Deus se interessa e cuida do bem-estar geral e integral do seu povo. 

1 – OS RECURSOS DISPONÍVEIS

Desde o princípio Neemias se mostrou um homem aplicado e muito organizado em seu trabalho. O seu livro expõe tais características muito claramente.

Talvez tenha adquirido tal destreza quando ocupava a função de copeiro do rei imperador e expansionista Artaxerxes. Certamente a profissão exigia bastante atenção nas regras de etiqueta da sua época, a formalidade prevalecia e todos os protocolos deveriam ser executados na mais fina perfeição.

Isto moldou Neemias, transformando-o em um homem observador, planejador, meticuloso, audacioso, atento, firme, estável, equilibrado, determinado, vigoroso, sábio e principalmente espiritual. Todos os ingredientes sempre muito bem temperados, combinados e na boa medida.

Neemias era o homem certo para lidar com todos os desafios que o recomeço em Jerusalém exigiria.

Sob a batuta da sua liderança o cenário anteriormente descrito como horror, abandono, miséria, destruição e calamidade fora transformado por completo, pois Jerusalém começava a desfrutar de ordem, paz, prosperidade e contentamento.

Os muros, as portas, a cidade, tudo foi reedificado, o culto restabelecido, a aliança entre Deus e o povo renovada, porém ao fazer o censo do povo que retornaram do cativeiro surgiu um novo problema…

1.1 – O que o censo revelou?

Neemias era homem metódico e tudo o que ele fazia tinha sentido, havia propósito; e na ocasião em que ordenou a contagem do povo que estava em Jerusalém, logo após a conclusão da reedificação dos muros e das portas (Ne 7.1), obteve resultados desanimadores, pois havia observado e constatado que o censo demonstrou: E era a cidade larga de espaço e grande, porém pouco povo havia dentro dela; e ainda as casas não estavam edificadas” (Ne 7:4).

Um grande Deus, um grande templo, uma grande cidade, porém não havia habitação e habitantes suficientes para compor o local a fim de apresentar novamente o lugar como a cidade do Grande Rei (Sl 48.2; Mt 5.35).

Norman Russell Champlin explica que este versículo nos mostra que Jerusalém era uma cidade bastante grande quanto ao território, mas estava arruinada pelo cativeiro babilônico e por outros ataques posteriores de outros inimigos, e foi deixada relativamente desabitada.

Com as suas fortificações renovadas, Neemias, teve o problema de repovoar o lugar. A cidade era grande (no sentido do comprimento) e espaçosa quanto à área total.

Raymond A. Bowman afirma que o hebraico literal confunde aqui os tradutores, porquanto envolve uma expressão idiomática que não é facilmente traduzida para outros idiomas: “larga de mãos e grande”. Essa expressão refere-se ao gesto de estender os braços (mãos) para transmitir a ideia de amplidão, “estender-se largamente para a direita e para a esquerda”.

Havia casas ali (Ne 7.3), mas nenhuma nova habitação foi erguida; ou então, se alguma casa foi construída, elas não eram adequadas a uma cidade populosa. Mas casas, no sentido de unidades familiares, eram escassas. O povo tinha sido espalhado, e muitos haviam perdido suas conexões familiares.

Flávio Josefo nos diz que Neemias construiu muitas casas pagando-as do próprio bolso, tal como tinha cuidado de 150 pessoas à sua mesa, todos os dias (Ne 5.17,18).

Uma cidade estar fortificada nos muros e portas não lhe garante total segurança se nela também não haver homens, isto é, habitantes que a proteja e a defenda.

Neemias 7:1


​1 Sucedeu mais que, depois que o muro fora edificado, eu levantei as portas; e foram estabelecidos os porteiros, e os cantores, e os levitas. (ARC)

Neemias estabeleceu assistentes para supervisionarem o trabalho dos porteiros e guardas. Os porteiros, obviamente deveriam se posicionar nas portas. Warren W. Wiersbe pergunta: de que adiantam portas novas e fortes se não há quem as guarde e que controle quem entra e quem sai da cidade? De que adiantam muros se as portas ficam abertas a qualquer inimigo que queira entrar na cidade?

A história comprova que os inimigos conseguiram penetrar a muralha da China quatro vezes e, em todas as ocasiões, o fizeram subornando os guardas. Portas e muros só têm algum valor quando são guardados por pessoas de valor!

Portanto, o que o censo revelou tinha embasamento e Neemias precisava contornar a situação.

Quantas vezes também não nos deparamos com situações que nos trazem resultados temerosos? O que fazemos diante deles? Paralisamos ou buscamos alternativas em Deus?

Neemias 7:5


5 Então, o meu Deus me pôs no coração que ajuntasse os nobres, e os magistrados, e o povo, para registrar as genealogias. E achei o livro da genealogia dos que subiram primeiro e assim achei escrito nele: (ARC)

Quando estamos próximos e cultivamos intimidade com Deus, recebemos dEle instrução e então encontramos uma maneira sábia de agirmos e resolvermos a situação que nos causa incômodo. Isto é depender de Deus, mesmo estando imbuído de capacitação humana.

1.2 – Um recomeço difícil

Apesar de Jerusalém estar vivendo um tempo de crescente refrigério e prosperidade, viver e habitar na recente capital causava temores, pois o perigo era eminente.

Precisamos considerar que Jerusalém está cravada no centro do mundo e naquela época era importante rota de comércio e ponto estratégico para conquistas militares; logo, residir em um lugar (como vimos), cuja segurança era precária, constituía em risco de morte.

Imagine que você tenha recebido uma passagem aérea e uma casa mobiliada para ir residir em um lugar diferente. Lhe concedem um passaporte e você se sente importante, porém o lugar que terá que residir é a Faixa de Gaza; lugar de grandes conflitos bélicos e ameaças constantes de explosões oriundas de homens e carros bombas! Você iria? Você teria tranquilidade de ir e vir pelas ruas deste lugar? Como ficaria o seu coração quando os filhos estivessem na escola? Quando tivessem que tomar uma condução? Será que compensa morar ali e arriscar a própria vida e da sua família? Essas ponderações eram feitas por aquelas pessoas que estavam em Jerusalém na época.

O mundo era um barril de pólvora e Jerusalém, por estar naquelas condições, seria um pavio curto!

John F. Kennedy (ex-presidente americano já falecido), afirmou “Se deixarmos de cuidar de nossas cidades, nos colocaremos em perigo, pois, ao ser omissos com nossas cidades, estaremos sendo omissos com a nação”.

Neemias seguiu essa mesma filosofia. Sabia que a nação de Israel jamais poderia ser forte enquanto Jerusalém estivesse fraca. Mas Jerusalém não poderia se fortalecer a menos que o povo se dispusesse a fazer certos sacrifícios.

Wiersbe nos diz que uma vez que os muros e portas de Jerusalém haviam sido restaurados, era importante que os judeus habitassem em sua capital e que fizessem sua população crescer.

Em primeiro lugar, Jerusalém precisava de pessoas para protegê-la, pois não se sabia quando o inimigo poderia decidir atacar. É possível que fosse mais seguro o povo viver em vilarejos afastados que não representavam ameaça alguma para a sociedade gentia do que correr o risco de se mudar para a cidade grande.

Por outro lado, se amava a Deus e sua cidade santa de todo coração, o povo teria o desejo de viver em Jerusalém, nem que fosse apenas para servir de testemunho aos gentios incrédulos a seu redor. Afinal, por que construir uma cidade se ninguém planeja viver nela? Porém, acima de tudo, Deus havia levado o remanescente de volta a seu lar porque havia preparado uma tarefa especial para eles, e abandonar a cidade restaurada seria o mesmo que servir de empecilho ao cumprimento da vontade de Deus por intermédio de Israel. Em outras palavras, Deus precisava de pessoas – gente ativa – na cidade santa.

Alguns desses cidadãos apresentaram-se como voluntários, enquanto outros tiveram de ser “convocados” (Ne 11:1,2).

O povo havia prometido dar o dízimo de todo o fruto de seu trabalho (Ne 10:37,38), de modo que Neemias decidiu separar um dízimo do povo, e 10% dos judeus foram escolhidos por sortes para deixar as vilas e viver em Jerusalém. Uma vez que a cidade tinha poucos habitantes e que a questão da moradia ainda era problemática (Ne 7:4),

Os homens, mulheres e crianças que ajudaram a popular a cidade de Jerusalém estavam com seu passo de fé, servindo a Deus, a sua nação e às futuras gerações.

Nunca subestime a importância de simplesmente estar presente no lugar onde Deus quer você. E possível que não lhe peçam para realizar algum ministério dramático, mas o simples fato de estar lá já será suficiente para o Senhor operar através da sua vida.

1.3 – Pensando no Reino de Deus

Por Cláudio Roberto de Souza

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