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Betel Adultos – 4º Trimestre 2023 – 12-11-2023 – Lição 7 – O verdadeiro discípulo reconhece que sua segurança vem de Deus

11/11/2023

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

TEXTO ÁUREO

2 Timóteo 1:7

7 Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação. (ARC)

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Jeremias 1:4-9

4 Assim veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:

5 Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta.

6 Então, disse eu: Ah! Senhor JEOVÁ! Eis que não sei falar; porque sou uma criança.

7 Mas o SENHOR me disse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás.

8 Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR.

9 E estendeu o SENHOR a mão, tocou-me na boca e disse-me o SENHOR: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca. (ARC)

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Ensinar que a capacitação ministerial vem de Deus; 
  • Mostrar que maturidade não tem a ver com idade; 
  • Falar que não há ministério sem aliança com Deus.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.

A chamada do profeta Jeremias é narrada em Jeremias 1:4-10. Nessa passagem, Deus revela a Jeremias que o escolheu e o designou como profeta antes mesmo de seu nascimento. Jeremias, no entanto, se sente inadequado para a tarefa, afirmando que não sabe falar e que é muito jovem. Deus rejeita a desculpa de Jeremias, afirmando que o capacitará e estará com ele.

Quanto à idade de Jeremias quando foi chamado, a Bíblia não especifica, mas o termo “muito jovem” usado por Jeremias sugere que ele era relativamente jovem na época de sua chamada. Warren Wiersbe, por exemplo, em seu comentário do Livro de Jeremias, afirma que ele possuía 20 anos e idade, na ocasião da sua chamada, porém, não há um consenso absoluto sobre a idade exata de Jeremias, mas estimativas sugerem que ele poderia ter sido um adolescente ou jovem adulto na ocasião de sua chamada.

Apesar de, a princípio, ter hesitado quando Deus o chamou, Jeremias entregou-se ao Senhor e tornou-se um dos líderes espirituais mais determinados da história.

Ele foi chamado por Deus no décimo terceiro ano do reinado de Josias (626 a.C.). O ministério de Jeremias durou cerca de 40 anos, durante um período tumultuado da história de Judá e Jerusalém. Ele profetizou antes, durante e após a destruição de Jerusalém e o exílio do povo de Judá para a Babilônia. O livro de Jeremias contém suas profecias, pregações e experiências ao longo desse período conturbado. Jeremias é conhecido por suas mensagens de advertência e chamados ao arrependimento, bem como por sua compaixão e angústia pelo sofrimento de seu povo.

1 – DEUS CAPACITA

 

Wiersbe explica que Hilquias, pai de jeremias, era sacerdote, assim como havia sido seu pai antes dele, e esperava-se que o jovem Jeremias também servisse no altar. É possível até que estivesse na idade de ingressar no ministério quando Deus o chamou para ser profeta.

Tendo em vista que servir como profeta era uma incumbência que exigia muito mais do que servir como sacerdote, não é de se admirar que Jeremias tenha apresentado objeções. Se eu tivesse de escolher, ficaria com o sacerdócio! Em primeiro lugar, as obrigações de um sacerdote eram previsíveis. Praticamente todas as tarefas que deveria realizar encontravam-se descritas na lei. Portanto, tudo o que os sacerdotes precisavam fazer era seguir instruções.

O ministério de um profeta, porém, era muito diferente, pois ele nunca sabia de antemão o que o Senhor o chamaria para dizer ou fazer. O sacerdote trabalhava principalmente para preservar o passado ao proteger e manter o ministério do santuário, enquanto o profeta labutava para mudar o presente, de forma que a nação pudesse ter um futuro.

Os sacerdotes lidavam com elementos externos, como determinar rituais de purificação e oferecer vários sacrifícios que não tinham o poder de tocar o coração das pessoas (Hb 10:1-18), mas o profeta tentava alcançar e mudar os corações.

Os sacerdotes ministravam principalmente aos indivíduos por meio de vários rituais e não pregavam às multidões com frequência. Já os profetas se dirigiam à nação, e era comum que as pessoas às quais se dirigiam não quisessem ouvir a mensagem.

Os sacerdotes pertenciam a uma tribo especial e, sendo assim, possuíam autoridade e respeito, mas um profeta podia vir de qualquer tribo e precisava comprovar seu chamado divino. Os sacerdotes eram sustentados pelos sacrifícios e pelas oferendas do povo, mas os profetas não tinham sustento garantido.

Jeremias teria desfrutado uma carreira muito mais confortável como sacerdote. Assim, não é de se admirar que sua primeira reação tenha sido questionar o chamado de Deus. Oferecer sacrifícios era uma coisa, porém pregar a Palavra a pessoas de coração endurecido era outra bem diferente.

O que se percebe notadamente é que as chamadas divinas parecem sempre além da capacidade do enviado realizá-las. Moisés, do mesmo modo, relutou em atender a convocação de livrar os seus irmãos das mãos do Faraó (Ex 3.10-14).

Jeremias hesitou ao olhar para o trabalho diante de si e para a perversidade a seu redor e, ao olhar para as próprias fraquezas, convenceu-se de que não era o homem certo para o desafio. Quando se trata de servir ao Senhor, em certo sentido ninguém é absolutamente adequado. “Quem, porém, é suficiente para estas coisas?” (2 Co 2:16), perguntou o grande apóstolo Paulo ao refletir sobre as responsabilidades do ministério. Então, respondeu à sua própria pergunta dizendo: “Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus” (2 Co 3:5).

Contudo, Deus não está cometendo um engano quando nos chama, e se hesitamos ou recusamos a obedecer, agimos com base na incredulidade e não pela fé. Uma coisa é dizer que conhecemos nossas próprias limitações, porém outra bem diferente é dizer que nossas fraquezas impedem Deus de fazer

seu trabalho. Essa atitude não é uma demonstração de verdadeira humildade, mas sim de orgulho e esta era a atitude de Diótrefes que se portava como um obreiro auto suficiente, e que pensava poder fazer a obra de Deus sem a capacitação do alto.

1.1 – Deus não mima, forma

A palavra “mimado” tem sua origem etimológica na palavra “mimo”, que vem do latim “mimus,” que significa “imitador” ou “imitação.” Ao longo do tempo, o termo “mimo” evoluiu para se referir a cuidados excessivos, atenção especial ou tratamento preferencial que uma pessoa recebe, muitas vezes associado a ações exageradas de carinho e afeto.

A educação dos pais desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma criança, e, quando a educação é excessivamente tolerante, pode resultar em adultos mimados. Isso ocorre quando os pais:

Atendem a todos os desejos da criança: Quando os pais satisfazem imediatamente todos os desejos e demandas da criança, sem impor limites ou ensinar autorregulação, a criança pode crescer acreditando que o mundo deve se adequar a ela.

Evitam frustrações: Se os pais evitam que a criança experimente situações frustrantes, como perder ou enfrentar desafios, a criança pode não desenvolver a capacidade de lidar com a adversidade.

Ignoram regras e limites: Quando não há regras consistentes em casa e as crianças não enfrentam consequências por seu comportamento inadequado, elas podem não aprender sobre responsabilidade e autorregulação.

Superprotegem: Pais superprotetores tendem a intervir excessivamente na vida da criança, impedindo-a de tomar decisões e assumir responsabilidades.

As consequências de uma educação mimada podem incluir:

Falta de resiliência: Adultos mimados podem ter dificuldade em lidar com contratempos e frustrações, pois não aprenderam a superá-los na infância.

Falta de empatia: Pessoas mimadas podem ter dificuldade em compreender as necessidades e perspectivas dos outros, pois cresceram com uma atenção excessiva voltada para elas mesmas.

Dificuldade em relacionamentos: Relações interpessoais podem ser afetadas, já que os adultos mimados podem ter dificuldade em compartilhar, cooperar e ceder em um relacionamento.

Há diferenças entre como Deus forma seus servos para enfrentar as dificuldades da obra e aqueles que são mimados e incapazes de enfrentar os desafios desta obra. Tais diferenças estão enraizadas na maneira como essas pessoas são educadas e treinadas espiritualmente. Aqui estão alguns fatores-chave que caracterizam essas duas abordagens distintas:

Servos Formados para Enfrentar Dificuldades:

Disciplina e Desafio: Deus muitas vezes permite que seus servos enfrentem desafios, provações e adversidades que os ajudam a crescer espiritualmente. Ele os disciplina e corrige quando necessário para desenvolver o caráter e a fé.

Autonomia com Responsabilidade: Servos formados por Deus são ensinados a serem responsáveis e a assumir a responsabilidade por suas ações. Eles têm autonomia, mas também enfrentam as consequências de suas escolhas.

Crescimento através da Adversidade: Deus usa experiências difíceis para moldar o caráter de seus servos, ensinando-lhes a confiar Nele, desenvolver a paciência e a perseverança e aprender lições valiosas através da adversidade.

Servos Mimados e Incapazes de Enfrentar Desafios:

Falta de Disciplina: Pessoas mimadas espiritualmente muitas vezes não são confrontadas com desafios ou provações significativas. Eles não enfrentam a disciplina ou a correção de Deus e, portanto, não crescem espiritualmente.

Falta de Responsabilidade: Servos mimados podem ser poupados de responsabilidades e consequências. Eles não aprendem a assumir responsabilidades e podem se tornar dependentes de outros para cuidar deles.

Falta de Crescimento: Quando alguém é mimado espiritualmente, o crescimento espiritual é limitado. Eles podem não desenvolver a resiliência necessária para enfrentar desafios, e a fé pode não ser fortalecida.

No entanto, é importante ressaltar que as pessoas podem mudar e crescer espiritualmente, mesmo que tenham sido mimadas ou protegidas em algum momento. Deus é misericordioso e está disposto a trabalhar na vida de qualquer pessoa que deseje se tornar mais madura espiritualmente.

A chave para superar o mimar espiritual é reconhecer a necessidade de crescimento, buscar orientação e disciplina espiritual, e estar disposto a enfrentar desafios e adversidades com fé e confiança em Deus. É também importante estar disposto a aprender com os erros e a crescer espiritualmente através das experiências. Deus está interessado no desenvolvimento espiritual de seus servos e está disposto a ajudá-los a crescer, desde que estejam dispostos a seguir Seus caminhos e Seu plano.

Diótrefes pode ser visto como um exemplo de um obreiro que se tornou mimado espiritualmente devido a sua postura arrogante. Ele não estava disposto a aceitar a orientação e a autoridade espiritual de João e agia de maneira autocrática e divisiva na igreja.

Ao contrário de Diótrefes, o profeta Jeremias na ocasião da sua chamada, expressa sua hesitação e insegurança diante do chamado divino. O versículo diz o seguinte: “Mas eu disse: ‘Ah, Soberano Senhor! Eu não sei falar; sou muito jovem.'” (Jr 1.7).

Este versículo é significativo, pois ilustra a humanidade e a vulnerabilidade do profeta Jeremias, bem como sua honestidade diante de Deus.

A resposta de Deus a Jeremias nesse contexto é uma lição de confiança divina. Deus não rejeita as preocupações de Jeremias, mas o encoraja, afirmando que capacitará Jeremias para cumprir o seu chamado, estando com ele e dando-lhe as palavras certas para falar.

Assim, Jeremias 1:7 destaca a importância da confiança e da dependência em Deus, mesmo quando nos sentimos inadequados diante das tarefas que Ele nos chama a realizar. Mesmo diante das dificuldades que por certo enfrentaremos, Deus nos sustentará. Mostra que a nossa força não precisa vir apenas de nossa habilidade natural, mas principalmente da capacitação divina, da confiança em Deus e do reconhecimento de que Ele é aquele que nos guiará e sustentará, independentemente das nossas limitações humanas. Esse versículo serve como um lembrete de que Deus escolhe e capacita pessoas muitas vezes imperfeitas para cumprir Seus planos e propósitos.

Em resumo, Deus lida com a formação de seus servos de maneira a capacitá-los a enfrentar desafios e sofrimentos espirituais, buscando desenvolver a fé, o caráter e a responsabilidade. O exemplo de Diótrefes serve como um alerta sobre os perigos do orgulho no contexto da obra de Deus e da importância de humildade e submissão.

1.2 – Deus não poupa, prova

No contexto bíblico, o termo “provação” se refere a testes, desafios, dificuldades ou situações adversas que uma pessoa enfrenta. Essas provações podem ser espirituais, emocionais, físicas ou relacionadas a outras áreas da vida. Elas são frequentemente vistas como parte do plano de Deus para testar a fé, o caráter, a devoção e a perseverança das pessoas.

As provações desempenham um papel significativo na fé e no desenvolvimento espiritual dos filhos de Deus. As provações têm vários objetivos e propósitos na vida dos crentes. Um exemplo notável de provação na Bíblia é a história de José, filho de Jacó.

José, filho de Jacó, experimentou uma série de provações ao longo de sua vida. Ele foi vendido como escravo por seus próprios irmãos, acusado falsamente de tentativa de estupro e lançado na prisão. No entanto, José permaneceu fiel a Deus e se destacou em cada situação difícil. Ele interpretou os sonhos de outros prisioneiros e, eventualmente, foi elevado a uma posição de grande autoridade no Egito, onde pôde ajudar a salvar seu próprio povo durante uma grande fome.

A história de José ilustra os objetivos e propósitos das provações na vida dos filhos de Deus:

Teste de fé e caráter: As provações testam a fé, a paciência e o caráter dos crentes. José demonstrou sua fé em Deus ao permanecer fiel, mesmo em meio às adversidades.

Preparação para um propósito maior: Deus usou as provações na vida de José para prepará-lo para um propósito maior. Através de suas experiências, ele adquiriu habilidades de liderança e discernimento que seriam essenciais para sua futura posição de governador do Egito e para salvar sua família.

Crescimento espiritual: As provações podem promover o crescimento espiritual, ensinando lições importantes sobre confiança em Deus, humildade e dependência Dele.

Mostrar a soberania de Deus: As provações revelam a soberania de Deus sobre as circunstâncias. Mesmo em meio às dificuldades, Deus estava no controle e usou as situações para cumprir Seus planos.

Refinar e purificar: Assim como o ouro é purificado pelo fogo, as provações têm o objetivo de refinar e purificar a fé dos crentes, removendo impurezas e fortalecendo seu compromisso com Deus.

Testemunho e influência: A maneira como os crentes enfrentam provações pode servir como um poderoso testemunho para os outros. No caso de José, sua conduta fiel na prisão e na liderança egípcia impactou positivamente aqueles ao seu redor.

A situação de Diótrefes, ilustra a diferença entre como diferentes indivíduos reagem às provações e desafios em seu serviço na igreja. A epístola descreve Diótrefes como alguém que busca a preeminência. Ele parece estar mais preocupado com seu próprio prestígio e poder do que com a fé e o bem-estar da igreja. Por outro lado, Gaio, Demétrio e o próprio apóstolo João são apresentados como indivíduos que não rejeitaram as provações e se submeteram a elas de bom grado. Eles parecem estar mais preocupados em servir e fortalecer a fé da igreja em vez de buscar sua própria glória. Esses indivíduos demonstraram humildade, obediência à autoridade espiritual e disposição para enfrentar desafios em nome da fé.

A rejeição das provações e a busca do poder e da honra pessoal podem levar a divisões e conflitos na igreja, enquanto a disposição para enfrentar desafios com humildade e fé pode fortalecer a comunidade e promover o crescimento espiritual. O exemplo de Diótrefes serve como um alerta sobre os perigos do egoísmo e da busca de prestígio no ministério, em contraste com a atitude de serviço e submissão a Deus e à Sua vontade.

É importante observar que as provações podem ser difíceis e desafiadoras, e ninguém gosta de passar por elas. No entanto, a fé e a confiança em Deus desempenham um papel fundamental em como os crentes enfrentam as provações e como elas podem ser usadas para o crescimento espiritual e para cumprir o plano de Deus em suas vidas.

É verdade que muitos cristãos, em busca de uma fé confortável e sem perturbações, podem considerar as provações como desnecessárias ou até mesmo procurar evitá-las a qualquer custo. Isso pode ser resultado de uma perspectiva equivocada de que a vida de fé deve ser livre de dificuldades ou que o sofrimento é incompatível com a graça de Deus. No entanto, a realidade é que as provações desempenham um papel fundamental na formação e crescimento espiritual dos crentes.

A ideia de que um obreiro com ministério de excelência não pode ser gerado rapidamente é uma observação pertinente. Muitas vezes, é nas situações difíceis, como desertos, cavernas, poços e perseguições, que os crentes são refinados e forjados para um serviço mais profundo e significativo no Reino de Deus. A Bíblia está repleta de exemplos de líderes e profetas que passaram por provações antes de serem usados de maneira extraordinária por Deus.

É importante entender que as provações não são apenas obstáculos a serem evitados, mas oportunidades para o crescimento e o desenvolvimento espiritual. Elas desafiam a fé, a paciência e a confiança em Deus, e muitas vezes revelam a verdadeira natureza do relacionamento de alguém com Deus. Através das provações, os crentes podem aprender a depender mais de Deus, crescer em empatia pelos outros e desenvolver uma fé mais sólida.

Portanto, é essencial que os cristãos compreendam o valor das provações em suas vidas e sejam capazes de enfrentá-las com fé e perseverança, em vez de evitá-las. Um obreiro com ministério de excelência muitas vezes é aquele que passou por provações, aprendeu lições valiosas e se tornou mais maduro em sua fé, capacitando-o a servir de maneira mais eficaz no Reino de Deus.

1.3 – Deus não ilude, transforma

A palavra “ilusão” refere-se a uma percepção falsa ou enganosa de algo, que pode envolver uma expectativa irrealista, um equívoco, uma falsa crença ou uma falsa esperança. É a tendência de acreditar em algo que não corresponde à realidade, muitas vezes baseado em desejos, emoções, ou expectativas, em vez de fatos objetivos. A ilusão pode surgir quando alguém interpreta erroneamente a realidade ou quando a realidade é distorcida por crenças subjetivas. 

Jeremias 20:7

7 Iludiste-me, ó SENHOR, e iludido fiquei; mais forte foste do que eu e prevaleceste; sirvo de escárnio todo o dia; cada um deles zomba de mim. (ARC)

No contexto de Jeremias 20:7, o profeta expressa sentimentos de desânimo e angústia. Ele se sente como se tivesse sido iludido ou enganado por Deus, pois estava enfrentando dificuldades e oposição em seu ministério profético. No entanto, a afirmação de que “Deus não ilude ninguém” se baseia na crença de que Deus não é a fonte de engano ou ilusão, mas sim de verdade e cumprimento de Suas promessas.

Deus é visto como alguém que mantém Sua palavra e cumpre Suas promessas. Isso significa que, embora Jeremias estivesse passando por tempos difíceis e desafiadores, Deus não o estava iludindo ou enganando, mas estava trabalhando de acordo com Seus planos soberanos. Às vezes, os desafios e provações fazem parte do plano de Deus para a vida de uma pessoa, visando seu crescimento espiritual, purificação e preparação para cumprir um propósito específico.

A despeito dos sentimentos de desânimo e angústia que Jeremias experimentou em seu ministério profético, é importante notar que o próprio Deus proferiu palavras de encorajamento e promessas específicas a Jeremias desde o início de seu chamado, como registrado em Jeremias 1:18. Nessas palavras iniciais, Deus revelou a Jeremias que, embora ele pudesse parecer frágil e insignificante aos olhos humanos, Deus seria em sua vida “cidade forte, coluna de ferro e muros de bronze”.

Essa imagem forte e simbólica retrata o Senhor como um instrumento de proteção, força e segurança para Jeremias. Há algumas interpretações para o texto de Jeremias 1.18. Para alguns estudiosos, a “cidade forte” sugere que Deus seria um refúgio, um lugar de segurança espiritual para os que dessem ouvidos as suas mensagens. A “coluna de ferro” representa estabilidade e sustentação, sugerindo que Deus seria uma fonte de orientação e força espiritual. Os “muros de bronze” indicam proteção e defesa, insinuando que o Senhor seria um escudo contra as ameaças espirituais.

No entanto, Wiersbe afirma que o texto é uma repetição de Jeremias 1:8, onde o Senhor diz para que Jeremias não tivesse medo do povo que se oporia a ele, pois o Senhor o defenderia. Cercado de inimigos, o profeta se tornaria como uma cidade fortificada à qual não poderiam subjugar. Obrigado a resistir sozinho, Jeremias se tornaria forte como uma coluna de ferro. Atacado por todos os lados por reis, príncipes, sacerdotes e pelo povo, se tornaria rígido como um muro de bronze. “Porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te livrar” (vv. 8,19) – essa era a promessa confiável do Senhor, e, na batalha pela verdade, quem tem Deus a seu lado está em maioria.

Não obstante da verdade que Deus não ilude, mas transforma os seus para suportarem as inquietações e quaisquer perturbações, através dos embates e das fornalhas das aflições, a história de Diótrefes, serve como um exemplo de um obreiro que ocupava uma posição de liderança na igreja, mas que estava claramente desviado dos princípios e do propósito de um servo de Deus. Assim como Diótrefes, muitos obreiros podem se encontrar em posições de liderança na igreja, mas sem o devido preparo ou formação adequada. Isso pode resultar em diversos prejuízos para a igreja, tais como:

  • Divisões e Conflitos,
  • Ensino Falso,
  • Falta de Pastoreio Adequado,
  • Insubmissão a liderança e a vontade de Deus;
  • Escândalos Morais e
  • Prejuízo à Missão da Igreja:

Em resumo, obreiros que rejeitam a transformação proposta pelo Senhor são fortes candidatos a causarem problemas no ministério. Pode-se minimizar e até extinguir essa possibilidade quando priorizamos o preparo espiritual e teológico da liderança, bem como mantermos uma cultura de responsabilidade e prestação de contas para garantir que os obreiros sirvam fielmente à igreja e ao propósito de Deus. No entanto, o principal é deixar-se ser instruído pelo Senhor, confiar em sua palavra e compreender que os planos do Senhor são perfeitos e sua vontade “é boa, perfeita e agradável” (Rm 12.2).

2 – JUVENTUDE E MATURIDADE

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

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Equipe EBD Comentada

Postado por ebd-comentada


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