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Betel Adultos – 4º Trimestre 2022 – 04-12-2022 – Lição 10 – O amor: marca do cristão cheio do Espírito Santo

03/12/2022

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.” (1 Co 13.13)

TEXTOS DE REFERÊNCIA

1 Co 13.1,4,5,7,8 

1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. 

4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, 

5 não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; 

7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 

8 O amor nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Destacar que o dom supremo de Deus é o amor. 
  • Ensinar que o amor é a maior de todas as graças. 
  • Mostrar que o amor é o bem maior do cristão.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos. Paz do Senhor.

A força motivadora de Deus sempre foi o amor pelos seres humanos.

O único ser que foi criado segundo a imagem e semelhança de Deus foi o humano (Gn 1.26).

O Senhor colocou sua essência dentro de Adão e Eva e isto nos mostra o quão importante somos para o Senhor.

O salmista nos mostra que fomos criados com um grau de importância muito grande para Deus.

“Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites? Contudo, pouco menor o fizeste do que os anjos e de glória e de honra o coroaste.” (Sl 8.3-5 – ARC)

Em se tratando de salvação, somos os únicos seres da face da Terra que pode receber o Espírito de Deus, tornando Templo do Espírito (1 Co 3.16).

O texto áureo, ou o mais importante da Bíblia nos mostra que o que motivou a salvação da humanidade foi o amor.

“Porque Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por meio dele.”  (Jo 3.16,17 – A21)

O mesmo João continua este assunto em sua primeira carta, demonstrando quão grande é este amor.

“Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele.” (1 Jo 3.1 – ARC)

Desta forma, se como cristãos somos os filhos de Deus, tudo o que fizermos deve ser baseado ou pautado no amor.

O amor de Deus precisa nortear nossos desejos e ações para que Jesus seja conhecido de todas as nações.

A igreja de Corinto era uma igreja que havia sido muito abençoada por Deus em diversos aspectos. Quando Paulo inicia esta carta ele reconhece, no capítulo primeiro, que Deus havia abençoado a igreja com toda sorte de bênçãos espirituais, de dons espirituais, ao ponto de “não lhes faltar dom nenhum”. Corinto era uma igreja carismática no sentido bíblico da palavra, ou seja, tinha os “carismas” do Espírito de Deus, os dons, através dos quais desenvolvia seu serviço prestando culto a Deus e cumprindo a sua missão neste mundo. Infelizmente, por motivos que desconhecemos, esta igreja de Corinto, que havia sido fundada pelo apóstolo Paulo, com menos de três anos de fundada começou a desviar-se dos padrões de conduta e de doutrina que o apóstolo havia estabelecido por ocasião de sua fundação. 

1 – O DOM SUPREMO DE DEUS É O AMOR

Ao observar o comportamento dos crentes da igreja que estava na cidade de Corinto, Paulo comprovou que o comportamento deles era reprovável em muitos assuntos.

Aqueles crentes se vangloriavam por ter recebido do Senhor muitos dons espirituais e haviam se esquecido do que norteava o comportamento de Jesus e dos discípulos a ponto de promover divisões, imoralidade e heresias na igreja.

Se observarmos o contexto dos capítulos 12 a 14, iremos verificar que Paulo os exorta a respeito da importância de se basearem no amor, especialmente no capítulo 13.

Parece-nos que Paulo faz uma pausa no assunto sobre os dons espirituais (cap. 12 e 14) para ensiná-los qual deveria ser o ápice da motivação.

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine”. (1 Co 13.1 – ARC)

Diferentemente do que algumas pessoas pensam e até mesmo ensinam, o real significado deste versículo é que a base de tudo o que fizermos deve ser exatamente o amor, porque não existe nada mais importante do que isto.

Paulo usa uma expressão que pode ser considerada um exagero ou hipérbole para trazer os corintos a uma realidade impressionante. Não adiantaria ter um nível de espiritualidade muito grande se a “mola propulsora” de tudo isto não fosse baseado no amor.

O fim do capítulo 13 nos traz um rico ensino a respeito de prioridades, reforçando que o amor deve ser nossa maior prioridade.

“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.”  (1 Co 13.13 – ARC) 

Outro ponto importante é que todos os dons passariam, ou seja, deixariam de existir na vida dos crentes a partir de sua morte, porém, o amor seria perpetuado.

Que tipo de amor seria este? O mesmo amor que fez com que Deus enviasse Jesus e que este morresse por todos os pecadores, não considerando sua vida como preciosa.

Definir amor é uma tarefa praticamente impossível, da mesma forma que a definição de vida o é.

O teólogo americano Norman Champlim enumera 10 possibilidades a respeito do que seria o amor.

“1. É  desejo,  em  sua forma pura,  pelo  bem-estar  de outros;  e  isso  sem importar se é o nobre desejo de Deus em favor da redenção humana (Deus é amor),  ou se é o amor que um ser humano tem por outro. 2. É uma modalidade de louvor e exaltação,  reconhecimento de valor de outrem,  como se dá no caso do amor que o homem pode ter por Deus. 3.  É o «enchimento» de um homem com um elevado ideal  ou  dedicação, como sucede quando um homem serve ao próximo ou a Deus. 4. É  a adoração  prestada  a  outrem;  e isso sem  importar se  do homem para com Deus,  ou se de um homem para com outro homem. 5. O amor ao próximo consiste em querermos para o próximo o mesmo que queremos para nós mesmos. 6.  Por conseguinte,  o  amor  consiste  em  estimarmos  ao  próximo  como estimamos a nós mesmos. A auto-estima leva-nos a «cuidar» de nossa própria  pessoa,  protegendo-a,  providenciando  o  que  lhe  é  necessário, sacrificando-nos  por seu  bem-estar.  Quando  cuidamos  do próximo  como cuidamos de nós mesmos,  amamos a essa pessoa como a nós mesmos;  e se esse amor ao próximo não atingir esse nível,  então o nosso amor será proporcionalmente débil. 7.  O amor,  no sentido cristão e  divino,  é uma obra moral  ou  um  fruto espiritual  do  Espírito  Santo,  no  nível  da  alma.  Portanto,  é  um  produto divino,  parte  integrante  de  nossa  transformação  segundo  a  imagem  de Cristo, através da influência do Espírito de Deus. É dessa maneira que esse «agape» se torna verdadeiramente divino,  por ser divinamente produzido e por imitar  o  divino.  E  é  nesse processo  de  transformação,  operado  pelo Espírito,  que se forma em nós aquele mesmo amor que domina a natureza do Filho de Deus; em outras palavras, é assim que passamos a participar de sua -natureza moral,  e,  por esse intermédio,  de seu espírito de amor. 8. Ο amor é  a  comprovação  da  espiritualidade.  Desejas  para  os  outros aquilo que queres para ti mesmo? Serves ao próximo com um real desejo de ajudar? O teu altruísmo aproxima-se de igualar-se ao teu egoísmo? Se puderes responder afirmativamente  a essas  perguntas,  então já  terás  um bom  grau  de espiritualidade.  Mas,  se  tuas  respostas  tiverem  de  ser negativas,  não  serás  uma  pessoa  espiritual;  e,  se  não  fores  uma  pessoa espiritual,  nem ao menos serás uma pessoa regenerada.  (Ver  I João 4:7,8 acerca desses conceitos). 9. O amor é a base de toda demonstração de espiritualidade,  pelo que o amor deve governar os dons espirituais, servindo de solo onde os dons sejam cultivados.  Este capítulo foi escrito especificamente para  demonstrar esse fato. 10. O amor é uma virtude tão grande que é melhor que qualquer dos dons espirituais. Se simplesmente estás preparando para servir aos outros já serás maior do que aquele que fala em línguas ou que profetiza.  Porém,  se estiveres servindo ao próximo mediante o uso dos dons espirituais, com base no amor cristão,  então mais profunda ainda será a tua espiritualidade.11.  Amar e servir ao próximo é,  ao mesmo tempo,  amar e  servir a Deus (ver Mat.  25:35 e ss.).

Vocês já observaram que muitas pessoas que se dizem profetas ou “vasos” de Deus são mal pagadores, mentirosos, raivosos, não conseguem perdoar, batem na esposa e se comportam como verdadeiros ímpios?

Era exatamente isto que acontecia na igreja que estava em Corinto.

1.1 – O amor é a maior de todas as virtudes do cristão

De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra virtude tem os seguintes significados: 

  1. Disposição constante do espírito que nos induz a exercer o bem e evitar o mal. 
  1. Conjunto de todas ou qualquer das boas qualidades morais. 
  1. Ação virtuosa. 
  1. Austeridade no viver. 
  1. Castidade, pudicícia. 
  1. Qualidade própria para produzir certos e determinados resultados. 
  1. Propriedade, eficácia. 
  1. Validade, força, vigor. 

Alguns teólogos afirmavam que o grego possui 4 palavras para definir os tipos de amor (ágape, eros, phileo e storge), porém, este tipo de ensinamento já caiu por terra, haja vista, as palavras se misturarem em vários textos bíblicos.

No capítulo 13 da primeira carta de Paulo aos Coríntios são enumerados 14 faces do amor, sendo metade negativa e metade positiva.

“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece,  não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha…”  (1 Co 13.4-8 – ARC)

A exortação de Paulo é que os crentes devem manifestar este amor acima de qualquer dom e quando analisamos o comportamento dos crentes de Corinto, aprendemos que eles estavam muito distantes desta prática.

Paciência, gentileza, ausente de inveja, sem vanglória e sem orgulho era o alvo, porém, na igreja que estava naquela cidade, existiam muitos crentes injustiçados (1 Co 6.8).

Também existiam pessoas com problemas de glutonaria e isto demonstra falta de controle ou domínio próprio (1 Co 11.21).

Outro problema enfrentado por membros desta igreja era a grosseria ou falta de educação e isto é demonstrado nos problemas relacionados à organização da Ceia do Senhor e na adoração (1 Co 11; 14).

Estes eram problemas enfrentados pelos crentes de Corinto e também de vários crentes que estão em todos os lugares neste mundo.

A conclusão de Paulo é que precisamos buscar a manifestação do mesmo comportamento que Cristo teve enquanto esteve neste mundo.

1.2 – O amor é o caminho a ser seguido

O Sermão da Montanha nos traz alguns ensinos muito profundos de Jesus a respeito de como deve ser nosso comportamento e o fim do capítulo 5, escrito por Mateus traz uma conclusão extraordinária.

“Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus.” (Mt 5.43-48 – ARC)

Os discípulos de Jesus foram escolhidos para que aprendessem com o Mestre e fossem duplicadores de seus ensinos.

Jesus escolheu pessoas comuns da sociedade judaica e os ensinou a respeito de como Deus queria que nos comportássemos.

Os ensinos Sermão da Montanha colocaram o mundo judaico de cabeça para baixo, pois aquele povo era extremamente exclusivista e não se importava com os outros.

A arrogância e a prepotência haviam tomado conta deles e isto incluía os sacerdotes que eram os instrumentos de Deus para levar o povo até Deus.

O que Jesus disse a respeito do amor para com os inimigos provavelmente os deixou pensativos e promoveu raiva entre os mais radicais, haja vista, considerarem os outros povos como não merecedores do amor de Deus.

Porém, Jesus deixou claro que o amor de Deus havia sido derramado e que existia uma necessidade urgente de mudança de comportamento em relação ao próximo.

Se os cristãos são os instrumentos para levar o amor de Deus para os quatro cantos desta Terra, como poderemos falar de Cristo se não demonstrarmos amor ao próximo?

Este assunto merece um tempo maior em sala de aula, pois a religiosidade e o dogmatismo tomou conta das igrejas pelo Brasil, principalmente as pentecostais.

O templo, a oferta, os ministérios tornaram-se mais importantes que as pessoas, porém, precisamos nos lembrar que somente as pessoas possuem uma alma que é eterna.

O radicalismo não pode representar Jesus perante uma sociedade que está indo a passos largos para o inferno e os líderes cristãos precisam tratar deste assunto com extrema urgência.

Como poderemos demonstrar amor ao próximo se em grande parte das vezes os acusamos de todos os pecados que possam existir?

Será que não estamos agindo como os inquisidores católicos na época das Cruzadas, desejando que as pessoas se convertam a qualquer preço?

Será que não queremos forçar as pessoas a se converterem?

Na época da inquisição, aqueles que não se convertiam eram mortos e houve inúmeras “conversões” de pessoas que não haviam se encontrado com Jesus e isto trouxe prejuízos terríveis para a Igreja Cristã.

Muitos crentes, que possuem dons espirituais oprimem aqueles que lhes ouvem por não expressarem o amor de Deus e foi isto que Paulo viu entre os corintos.

Como os dons são sujeitos aos profetas, precisamos entregar as profecias que o Senhor nos concede com muito amor, pois isto fará a diferença na vida das pessoas.

1.3 – O amor é sofredor

Vivemos em um tempo em que as pessoas querem ter razão em tudo o que falam, não conseguem ter paciência com as diferenças de opinião e muito menos ser empáticas.

O conceito de empatia, nos últimos anos, foi ensinado de forma incorreta, pois afirmavam que trata-se de nos colocarmos no lugar dos outros.

Este conceito está errado, em primeiro lugar, pelo fato de não ser possível nos colocarmos no lugar do outro, haja vista, nem sempre conseguirmos compreender o que está acontecendo na vida deles.

Em segundo lugar, pelo fato de que cada pessoa reage às intempéries desta vida de forma diferente.

Sendo assim, empatia é compreender que cada pessoa pensa, age ou reage de uma forma diferente, aceitar e suportar esta verdade sem causar situações ruins.

Como mencionamos em tópicos anteriores, corremos o risco de agirmos da mesma forma que os inquisidores católicos por não aceitarmos que as pessoas pensam de forma diferente da nossa.

Em se tratando de conversão a situação é ainda pior, haja vista, não termos o poder de converter ninguém, pois a Bíblia deixa claro que esta tarefa pertence ao Espírito Santo (Jo 16.8).

O que Jesus e Paulo ensinaram é que devemos ser praticantes do amor e não somente conhecedores. 

Tiago fala sobre este assunto de uma forma muito clara.

“E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de como era. Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito. Se alguém entre vós cuida ser religioso e não refreia a sua língua, antes, engana o seu coração, a religião desse é vã. A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo. (Tg 1.22-27 – ARC) 

Um amor sofredor é aquele que consegue ser prejudicado sem deflagar perseguições; é aquele que prefere, em algumas situações, sofrer o dano do que tornar-se ríspido para com o próximo.

O apóstolo Pedro escreve sobre este assunto deixando claro como devemos nos portar diante de determinadas situações.

“Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor ao senhor, não somente ao bom e humano, mas também ao mau; porque é coisa agradável que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente. Porque que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas, se fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus. Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas.” (1 Pe 2.18-21 – ARC)

O motivo deste sofrimento não é por fazer o mal, por fazer o bem e Paulo fala sobre isto no capítulo 6 de sua primeira carta aos coríntios.

“O fato de haver litígios entre vocês já significa uma completa derrota. Por que não preferem sofrer a injustiça? Por que não preferem sofrer o prejuízo? Em vez disso vocês mesmos causam injustiças e prejuízos, e isso contra irmãos!” (1 Co 6.7, 8 –  NVI)

E mais… Fala que Deus se agrada quando sofremos injustamente por fazer o que é correto. Geralmente quando agem de maneira injusta conosco e sofremos um dano recebemos conselhos dizendo: “você deveria ir para a justiça” ou “você tem que tirar satisfação porque a pessoa está errada, e não você”.

Pedro reforça este assunto no capítulo 3.

“Quem há de maltratá-los, se vocês forem zelosos na prática do bem? Todavia, mesmo que venham a sofrer porque praticam a justiça, vocês serão felizes. “Não temam aquilo que eles temem, não fiquem amedrontados.” Antes, santifiquem Cristo como Senhor em seu coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês. É melhor sofrer por fazer o bem, se for da vontade de Deus, do que por fazer o mal. Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus. Ele foi morto no corpo, mas vivificado pelo Espírito, (1 Pe 3.13-15, 17, 18 NVI) 

O que é viver em amor? Sofrer pelos outros é um dos nossos desafios quando pensamos no que é viver em amor.

O amor tudo sofre! Isso é um apelo para uma vida de sofrimento, mas infelizmente estamos vivendo um tempo em que as pessoas só falam de vitória… 

Champlim traz uma contribuição importante sobre este assunto. 

“O  amor  tudo  sofre.  Podemos observar aqui  os  quatro  «tudos»,  que figuram antes de cada verbo,  a fim de criar ênfase. Neste ponto Paulo eleva o elogio  ao  amor  a  seu  ponto  culminante,  mencionando,  em  rápida sucessão,  suas  mais elevadas  virtudes.  A  palavra  «…sofre…»  se  deriva  de um termo grego que significa «telhado».  Um  telhado cobre,  protege, «suporta» a tempestade, conservando no bem-estar os que estão no interior da casa.  Por isso é que se pode dizer que o amor «cobre»,  «protege», «sustenta» todo o sofrimento e assédio.  No dizer de Vincent (in loc.): «Resguarda do ressentimento como o navio resguarda da água, ou o telhado da chuva». Esse mesmo vocábulo é usado em I Ped. 4:8,  onde se lê que «. ..o amor  cobre  multidão  de  pecados».  O  amor  lança  um  véu  sobre  os sentimentos, os pecados, as fraquezas e os abusos dos outros.  No entanto,  o pensamento vai muito mais fundo do que isso,  porquanto aqui Paulo  fala especialmente  acerca  da  «restrição»  ou  «sustento»,  na  presença  do  mal. Quando olhamos para a cruz, vemos o maior de todos os exemplos de como o amor pode «suportar» e também  cobrir a tudo.”

2 – AMOR: MAIS ABRANGENTE DE TODAS AS GRAÇAS

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Equipe EBD Comentada

Postado por ebd-comentada


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