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Betel Adultos – 3º Trimestre 2023 – 17-09-2023 – Lição 12 – Zacarias – vivendo hoje sem esquecer das promessas para o futuro

15/09/2023

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

TEXTO ÁUREO

Zacarias 10:12

12 E eu os fortalecerei no SENHOR, e andarão no seu nome, diz o SENHOR. (ARC)

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Zacarias 1:1-4

​1 No oitavo mês do segundo ano de Dario, veio a palavra do SENHOR ao profeta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ido, dizendo:

2 O SENHOR tem estado em extremo desgostoso com vossos pais.

3 Portanto, dize-lhes: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Tornai para mim, diz o SENHOR dos Exércitos, e eu tornarei para vós, diz o SENHOR dos Exércitos.

4 E não sejais como vossos pais, aos quais clamavam os primeiros profetas, dizendo: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Convertei-vos, agora, dos vossos maus caminhos e das vossas más obras. Mas não ouviram, nem me escutaram, diz o SENHOR. (ARC)

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Apresentar o cenário do profeta Zacarias; 
  • Falar de forma panorâmica sobre as visões de Zacarias; 
  • Extrair lições de Zacarias para os nossos dias.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.

Nesta oportunidade iremos estudar brevemente o livro do profeta Zacarias. Trata-se de um livro complexo em suas profecias e o espaço não nos permitirá explorar todos os recônditos desta preciosidade do Antigo Testamento.

O escrito deste profeta, assim como todos os outros, tem uma convocação ao arrependimento. Deus é o Senhor que adverte o seu povo a viverem uma vida justa e piedosa, conforme a Sua Palavra. A iniciativa de buscar o homem quando se perde em seus próprios caminhos, é dEle. Com cordas de amor, Ele sempre procura atrair o homem pra Si e a mensagem do profeta Zacarias, não escapa deste padrão divino, isto é, trazer o homem ao arrependimento.

A nação se achava desgostosa, pois o templo atual e em processo de reconstrução não se parecia com a opulência ou glória do templo anterior construído por Salomão. Então, Zacarias se posiciona como o arauto do Senhor com uma mensagem de fé, esperança e confiança no Senhor que era e é maior que qualquer templo.

Aquele povo não deveria fixar as suas vistas tão somente no momento atual, mas olhar por cima dos montes e enxergar algo maior e mais glorioso que o Senhor haveria de fazer.

Do mesmo modo, não devemos nos ater ao que os nossos olhos somente veem, mas fundamentarmos nas ricas e preciosas promessas que o Senhor tem reservado para os que se arrependem e creem no que Ele já predisse.

1 – O CENÁRIO DO PROFETA ZACARIAS

 

O profeta Zacarias, oferece um fascinante vislumbre do cenário histórico e espiritual de sua época. Ele profetizou durante um período crucial na história de Israel, especificamente no retorno do exílio babilônico, aproximadamente entre os anos 520 a.C. e 518 a.C. Esse contexto histórico é fundamental para entender o propósito e a mensagem de suas visões.

Naquela época, Israel experimentou a destruição de seu Templo em Jerusalém e o subsequente exílio do povo judeu na Babilônia. No entanto, graças à política persa sob o rei Ciro, os judeus foram autorizados a regressar à sua terra natal e reconstruir o Templo. Apesar dessa oportunidade, a energia inicial diminuiu, e o progresso na construção foi lento devido a desafios políticos e econômicos.

É nesse contexto que Zacarias surge como um profeta inspirado por Deus. Ele desempenhou um papel crucial para motivar o povo a retomar o trabalho de permanência na reconstrução do Templo. Zacarias encorajou os líderes e o povo com mensagens de esperança, prometendo o favor divino se eles se dedicassem a essa tarefa importante. Ele usou visões e símbolos poderosos para comunicar os propósitos de Deus para o futuro de Israel após a restauração da Casa do Senhor.

Norman Russell Champlin explica que os exilados voltaram a Jerusalém com entusiasmo, mas logo isso acabou. Trabalho duro os havia deixado cansados e eles estavam dispostos a permitir que o templo permanecesse parcialmente terminado. Além disso, eles haviam perdido zelo pela renovação do yahwismo na Nova Jerusalém. O livro foi escrito para agitar o povo apático; para refutá-los por sua grande variedade de pecados e para mobilizá-los a acabar o Segundo Templo e estabelecer seu culto como a religião nacional. Uma atitude relaxada precisou ser substituída por fortes prioridades espirituais.

Em resumo, as visões de Zacarias enfatizam a restauração espiritual e a vitória divina que aguardavam Israel. Ele profetizou sobre a vinda de um Messias, uma figura messiânica que traria redenção e salvação, e também falou sobre a unificação de todos os povos sob o governo de Deus. As visões de Zacarias serviram como um lembrete poderoso de que o Templo físico era apenas um símbolo da presença de Deus, e que a verdadeira restauração do relacionamento renovador entre Deus e Seu povo ainda viria de forma muito mais viva! Portanto, Zacarias desempenhou um papel vital na motivação do povo judeu para concluir a conclusão do Templo e buscar a vontade de Deus para o futuro de Israel.

1.1 – Conhecendo um pouco mais o profeta

O nome Zacarias não era incomum em Israel. Significa “Jeová se lembra” ou “Jeová se lembrou” O título do livro diz que este profeta é “filho de Baraquias” e neto “de Ido” (Za 1.1). Esdras, por outro lado, menciona que é “filho de Ido” (Ed 5.1; 6.14). Willian M. Greathouse afirma que esta discrepância é mais aparente que real. E facilmente explicada quando se considera que Baraquias morreu antes de Ido e Zacarias sucedeu seu avô na chefia da ordem sacerdotal de Davi. Há vários exemplos no Antigo Testamento em que os homens são chamados filhos de seus avôs (Gn 29.5; cf. Gn 24.47; 1 Rs 19.16; cf. 2 Rs 9.14,20). “Como nestes casos”, observa George Adam Smith, “o avô era considerado o fundador da casa, assim, no caso de Zacarias, Ido era o chefe de sua família quando saiu da Babilônia e estabeleceu-se novamente em Jerusalém”. O fato de Esdras referir-se a Zacarias como filho de Ido deve ser entendido no sentido geral de descendente.

Em todo caso, Greathouse afirma que este profeta era membro da família sacerdotal de Ido, que voltou da Babilônia para Jerusalém sob as ordens de Ciro (Ne 12.4). O livro de Neemias acrescenta a observação de que no sumo sacerdócio de Joiaquim, filho de Josué, Zacarias foi nomeado chefe da casa de Ido (Ne 12.10,16). Se este é o profeta que intitula este livro, como é razoável supor, então era jovem em 520 a.C. e criança quando foi para Jerusalém numa caravana da Babilônia. O livro de Esdras nos informa que Zacarias compartilhava com Ageu o trabalho de animar Zorobabel e Josué a reconstruírem o Templo (Ed 5.1,2; 6.14).

A carreira profética de Zacarias começou “no oitavo mês do segundo ano de Dario” (Zc 1.1), que é em novembro de 520 a.C. A primeira fase de seu ministério durou até o nono mês do quarto ano do reinado do rei, ou seja, até dezembro de 518 a.C. (Zc 7.1). Nada sabemos sobre os anos restantes da vida ou ministério do profeta, com exceção da declaração de nosso Senhor de que foi morto “entre o santuário e o altar” (Mt 23.35).

Warren W. Wiersbe complementa ao dizer que Zacarias era um rapaz (Zc 2:4) quando Deus o chamou para ministrar ao remanescente judeu lutando para tentar reconstruir seu templo na cidade arruinada de Jerusalém. Ageu, o profeta mais velho, havia transmitido duas de suas mensagens antes de Zacarias juntar-se a ele no ministério, e os dois serviram a Deus juntos por um curto período. Ageu havia levado o povo a retomar o programa de construção depois de uma interrupção de dezesseis anos, e Zacarias os animaria a terminar seu trabalho. Deus deu ao jovem “palavras boas, palavras confortadoras” (Zc 1:13, 17) para garantir ao povo que, apesar dos tempos difíceis, Deus estava com eles e os acompanharia até o fim.

1.2 – A mensagem do profeta

Champlin declara que Zacarias foi o mais messiânico e escatológico dos profetas menores e é rival até mesmo de Isaías, entre os grandes profetas. Há profecias mais messiânicas neste livro do que em todos os outros profetas menores combinados.

Para Hernandes Dias Lopes, Zacarias, com 14 capítulos e 211 versículos, é o livro mais apocalíptico, messiânico e escatológico do Antigo Testamento. Há mais profecias messiânicas nesse livro do que em todos os outros profetas menores juntos. Só por essa razão, o estudo desse livro já constitui uma necessidade imperativa e ao mesmo tempo um desafio enorme.

Trata-se de um dos livros mais complexos de toda a Bíblia. Muitos eruditos confessaram sua dificuldade em compreender a sua mensagem. O próprio reformador Martinho Lutero, quando chegou ao capítulo 14, confessou: “Aqui eu desisto, pois não tenho certeza do que o profeta está falando”.

Hernandes complementa ao afirmar que é consenso entre os eruditos que Zacarias é o mais enigmático dos doze profetas menores. Ele abre seu livro com uma breve seção, chamando o povo ao arrependimento (Zc 1.1-6), e depois elenca oito visões que teve numa única noite (Zc 1.7—6.15). Em seguida, traz dois capítulos com sermões, com a culminância em Zacarias 8.20-23. Finalmente, vêm os capítulos 9—14, trazendo uma abordagem apocalíptica e repetindo conceitos que as oito visões também apresentam.

Gordon Fee e Douglas Stuart dizem que a maior parte dos leitores tende a considerar Zacarias uma leitura especialmente árdua, mesmo para os padrões de um livro profético. Isso se deve, sem dúvida, ao caráter altamente simbólico das visões noturnas, sem falar na complexidade habitual dos oráculos escatológicos.

Isaltino Gomes explica que o cenário histórico de Zacarias 9—14 é bem distinto do cenário dos oito primeiros capítulos. Dario I, rei da Pérsia, ou Histaspes (522-486 a.C.), fora derrotado pelas cidades da Grécia na batalha de Maratona, em 490 a.C. Seu filho, Xerxes I (486-465 a.C.), conhecido na Bíblia como Assuero, marido de Ester, numa poderosa investida em 480 a.C., sofreu uma derrota ainda maior em Salamina, nas mãos dos gregos. É nessas circunstâncias que Zacarias escreveu os capítulos 9—14, iniciando com a descrição detalhada de uma invasão grega que tomaria toda a Palestina, excetuando-se Jerusalém, que seria poupada e protegida miraculosamente pelo Senhor (Zc 9.1-9). Essa preservação de Jerusalém e o cuidado de Javé por Seu povo é que constituem o pano de fundo da segunda parte, em termos de conteúdo.

Hernandes esclarece que antes de Zacarias, Daniel já havia inaugurado o estilo, porém é em Zacarias que João buscará algumas de suas figuras. Isaltino Gomes diz que, apesar dessa diversidade de estilos, o conteúdo do livro é bem organizado. Nessa mesma linha de pensamento, Dionísio Pape escreve: “Dos doze profetas menores, Zacarias se destaca pelo estilo apocalíptico, e pelas profecias pormenorizadas a respeito do Messias. Usa um vocabulário riquíssimo, e diversos de seus termos apocalípticos foram apropriados pelo apóstolo João no Apocalipse do Novo Testamento; por exemplo: os quatro cavalos, o candelabro de ouro, os sete olhos do Espírito de Deus e os anjos intérpretes. O simbolismo e mensagem de Zacarias prenunciam o recado do Apocalipse de João, a saber, que o triunfo do Senhor na terra é absolutamente certo”.

Hernandes finaliza ao dizer que não obstante o livro ter um alto teor figurado, com oito visões e muitas profecias escatológicas, sua mensagem é clara, oportuna e desafiadora para a nossa geração. A mensagem do livro confronta os acomodados e consola os abatidos. Derruba os soberbos e levanta os humildes. Deita por terra os altivos e alça às alturas excelsas os de coração quebrantado. Outrossim, a ênfase na pessoa, obra, paixão, morte, ressurreição e segunda vinda de Cristo é destacadamente notória nesse livro. Zacarias apresenta com vívida clareza tanto a humilhação como a exaltação de Cristo, o nosso glorioso Redentor. O livro apresenta, outrossim, com límpida clareza, a soberania de Deus na história. É Ele quem levanta reinos e abate reinos. É Ele quem disciplina Seu povo e o restaura. É Ele quem tem as rédeas da história em Suas onipotentes mãos. É Ele quem consumará a história, com a vitoriosa vinda do Messias, para julgar as nações e estabelecer o Seu reino de glória e santidade.

1.3 – Convocação geral ao arrependimento

Zacarias convidou o povo a olhar para trás e a lembrar-se daquilo q u e seus ante passados haviam feito para provocar a ira de Deus e seu julgamento (Zc 1:2, 4).

Wiersbe diz que o povo judeu que havia regressado à terra conhecia bem a história de sua nação. Sabia que Deus enviara um profeta depois do outro para rogar a seus antepassados que abandonassem a idolatria e que voltassem para o Senhor, mas que a nação havia se recusado a ouvir.

Isaías advertira os líderes de que Deus disciplinaria a nação, se eles não mudassem seus caminhos (Is 2:6 – 3:26; 5:1-30; 29:114). Jeremias havia chorado ao advertir Judá e Jerusalém de que o julgamento estava vindo do Norte (Babilônia) e de que os judeus passariam setenta anos no exílio (Jr 1:13-16; 4:5-9; 6:22-26; 25:1-14). “O Senhor, Deus de seus pais, começando de madrugada, falou-lhes por intermédio dos seus mensageiros, porque se compadecera de seu povo e da sua própria morada. Eles, porém, zombavam dos mensageiros, desprezavam as palavras de Deus e escarneceram dos seus profetas, até que subiu a ira do Senhor contra o seu povo, e não houve remédio algum” (2 Cr 36:15,16).

Então, Zacarias compartilhou com eles a promessa de Deus: “Tornai-vos para mim […] e eu me tornarei para vós outros” (Zc 1:3). Deus havia entregado o povo a seus próprios caminhos, e era por isso que estavam passando por tantas dificuldades. Ageu já havia lhes dito isso em sua primeira mensagem (Ag 1), mas valia a pena repetir essa verdade. “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros” (Tg 4:8). Se queremos permanecer perto de Deus, devemos ser obedientes e desenvolver um caráter piedoso. O remanescente não havia colocado Deus em primeiro lugar, por isso o Senhor não poderia abençoá-lo da maneira como desejava.

Hernandes Dias Lopes com propriedade afirma que os judeus estavam de volta do exílio da Babilônia para Jerusalém, mas não de volta para Deus. Assim como seus pais quebraram a aliança com o Senhor fazendo o que era mal perante Seus olhos e sofreram a amarga disciplina do cativeiro, os que voltaram do exílio estavam seguindo as mesmas pegadas infiéis de seus pais. A casa de Deus estava desamparada. Cada um cuidava apenas de seus interesses. Envoltos em pobreza e cercados de inimigos, estavam rendidos ao total desânimo.

Os que voltaram para sua terra tiveram de começar do zero uma nova caminhada com Deus. Precisaram aprender com os erros de seus pais para não repetirem os mesmos pecados e não sofrerem as mesmas consequências.

A introdução de Zacarias à primeira parte do seu livro (1—8), e porque não dizer a toda a sua obra, é um chamado ao arrependimento. George Robinson diz corretamente que esse chamado ao arrependimento dá a nota tônica do livro inteiro e é um dos chamamentos ao arrependimento mais fortes e mais intensamente espirituais que podem ser encontrados em todo o Antigo Testamento.

Richard Phillips é oportuno quando diz que, para tratar do passado, do presente e do futuro, as pessoas precisam voltar-se para Deus. O poder de restaurar o que está em ruínas sempre e somente é possível no Senhor. Zacarias, portanto, desafia o remanescente a voltar-se para Deus à luz da certeza da mesma disciplina divina que seus pais receberam por sua recusa a responder aos alertas proféticos anteriores.

William Greathouse é enfático ao escrever: “Se os judeus pós-exílicos fossem como seus pais no pecado, também seriam como eles no castigo”.

2 – AS PALAVRAS PROFÉTICAS DE ZACARIAS

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

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Postado por ebd-comentada


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