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18/09/2020
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
“Os justos clamam, e o Senhor os ouve e os livra de todas as suas angústias.” Salmo 34.17
DANIEL 6.4,8,21,22
4 Então os príncipes e os presidentes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma, porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa.
8 Agora, pois, ó rei, confirma o edito e assina a escritura, para que não seja mudada conforme a lei dos medos e dos persas, que se não pode revogar.
21 Então Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para sempre.
22 O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum.
Caros irmãos e irmãs, Paz do Senhor.
Espero que todos estejam bem.
Nesta lição, continuaremos estudando o livro do profeta Daniel, como estudamos na lição passada, porém, com o enfoque em Daniel e não em seus três amigos.
Conforme estudamos, Daniel e seus companheiros foram levados cativos para a Babilônia na primeira leva de judeus, logo que Jerusalém foi conquistada e lá, passaram por uma extensa preparação para que pudessem ser úteis para a poderosa nação babilônica.
Os talentos que o Senhor havia dado para eles seria de grande valia para o maior império mundial, mas, primeiramente eles deveriam aprender o idioma, os costumes e as leis daquele tão grande povo.
O texto que estudaremos nesta lição está no capítulo 6 do livro de Daniel e nele, está a história de Daniel no tocante ao evento em que foi lançado na cova dos leões.
Existe uma correlação entre o capítulo 6 e o capítulo 3, nos mostrando como as situações de sofrimento nos aproximam de Deus, bem como o glorificam.
O Teólogo Americano Norman Champlim nos traz uma explicação muito interessante a respeito deste assunto.
“O livro de Daniel compõe-se essencialmente de seis histórias e quatro visões. As histórias ocupam os capítulos 1-6, e as visões os capítulos 7-12. Este capítulo divide-se naturalmente em três partes; vss. 1-3; vss. 4-24 e vss. 25-28. Há poucas subdivisões notórias. O vs. 6.1 é uma espécie de pós-escrito ao capítulo 5 e continua a falar em Dario, o medo. Mas não existe nenhuma evidência histórica, fora da Bíblia, para o governo de um homem com esse nome. A história deste capítulo é similar à ideia do capítulo 3, que conta as aventuras dos três amigos hebreus de Daniel na fornalha de fogo. Eles foram libertados de uma situação desesperadora através de um milagre notável. Dessa forma Daniel, ao enfrentar leões, foi capaz de sobreviver mediante intervenção divina que ensina que o Criador continua presente no mundo dos homens, punindo, recompensando e orientando os eventos. “A lição desta história é a lição da lealdade aos mandamentos de Deus sobre a fé religiosa. Ele sempre honrará os que observarem fielmente esses preceitos. A religião consiste não somente nas observâncias públicas, mas também nas devoções particulares. No cativeiro, os judeus tinham poucas oportunidades de realizar a parte pública de suas práticas cúlticas. Portanto, as devoções pessoais e particulares tiveram de ocupar o lugar da devoção pública. Potentados poderosos, ou mesmo grupos de pessoas, que manobravam o Estado ocasionalmente esforçaram-se por interferir na fé particular. Este relato bíblico também tem por finalidade assegurar-nos que os judeus, embora oprimidos, foram ajudados por Yahweh e exaltados a despeito dos ataques pagãos. Os deuses e a idolatria pagã não podiam igualar tais feitos, pelo que o paganismo saiu derrotado, enquanto o judaísmo foi exaltado, por meio das seis histórias do autor sagrado (Dan. 1-6)”.
Estudar sobre o livro de Daniel nos traz inúmeros benefícios, começando com a importância de permanecermos fiéis; independentemente das situações; passando pela existência do sofrimento e chegando nos ensinos históricos fidedignos.
A Bíblia Sagrada também é um livro histórico, pois nos traz informações sobre o início da criação, nos mostrando como ocorreu e onde foi, o que já foi provado exaustivamente pela ciência e nos mostra onde terminará.
O estudo sobre a situação vivenciada por Daniel fortalecerá nossa fé e nos auxiliará a perceber que TODAS as pessoas estão sujeitas aos sofrimentos, porém, somente os que tem o Senhor como Deus, serão por Ele ensinados, protegidos e salvos.
Quando Paulo escreve aos Romanos sobre a importância de “não nos conformarmos com este mundo”, ele nos traz alguns pressupostos sobre o relacionamento entre o cristão e as pessoas do mundo.
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Rm 12.2 – ARC)
Em outra tradução:
“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (NVI)
Paulo diz que não devemos nos conformar e, no original grego, esta frase nos mostra que não devemos ser colocados na mesma forma que o mundo foi colocado.
Quando nos lembramos dos maravilhosos bolos e pães que nossa mãe fazia, trazemos à nossa memória a maneira que a massa ocupa toda a forma e se transforma na mesma forma que aquela. Desta forma, quando Paulo diz para não nos conformarmos com este mundo, ele está nos ensinando a não deixar que a forma que o mundo está, seja o nosso exemplo, ou seja, aquilo em que seremos transformados.
Paulo continua no mesmo texto dizendo: “…, mas transformai-vos…” e isto nos mostra que ao invés de sermos moldados pelo mundo, devemos ser transformados através da renovação do nosso entendimento.
O teólogo alemão Adolf Pohl nos ensina preciosas lições sobre este texto:
“Não se amoldem ao padrão deste mundo” (NVI). O cosmos, uma vez criado belo e bom, não é mais um mundo sem problemas submetido a Deus. Um “deus deste século” anuvia o espaço, obscurece a claridade originária da existência (2Co 4.4). Por isso falta a visão nítida. Para o ser humano obcecado, o sentido da vida se reduz à satisfação de suas pulsões (Rm 6.12; 7.8; 13.14). Como ela requer dinheiro, a corrida pelo lucro está em primeiro plano, ou seja, a corrida por boas notas para assegurar uma posição vantajosa. É por ela que as pessoas precisam lutar, para depois garanti-la e defendê-la, guiadas por busca de poder e ávidas por honra. Nessa situação, demasiadas vezes a comunhão se revela como um egoísmo organizado coletivamente. Porém falta no fundo a visão para o todo, a responsabilidade pelo conjunto, o envio pelo todo. Há apenas o soturno grito: Afinal, eu quero ser feliz! Contudo, o ser humano médio pensa que é compreendido corretamente por esse esquema de vida. É por isso que o ser humano o impõe de boa fé aos demais, também aos cristãos. Contra essa expectativa vale aqui: não se conformem! No entanto, o não se conformar não é nutrido apenas pelo dizer não. Por isso a continuação: transformai-vos, deixem-se transformar pela renovação da vossa mente (“maneira de vocês pensarem” [VFL]). Trata-se de um agir no sentido de que deixamos algo acontecer conosco. Ou inversamente: algo deve suceder conosco, algo que também desejamos pessoalmente. É nova criação que devemos experimentar. Devemos continuamente inserir nossa mentalidade na novidade que está em andamento (Rm 13.12), a fim de nos expormos ao poder de configuração do Espírito de Jesus na oração e na obediência da fé (2Co 3.18). A nova existência não existe em estoque. Temos de ser chamados continuamente à razão e inseridos para dentro do novo: dia após dia, de situação em situação. Finalmente Paulo mostra essa mentalidade que se encontra em constante renovação em ação: para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Praticar a vontade de Deus é, no NT, a essência do ser cristão. Na presente passagem, ela é chamada de “a boa”, um termo que retoma textos marcantes do AT e que fornece, no que se segue, várias vezes o padrão da atuação. Entretanto, também para os cristãos “o bem” nem sempre é imediatamente perceptível. Uma vida cristã ingênua correria o perigo de ser assimilada. Muitas vezes é impossível decifrar a situação, muitas vezes o seu poder conformador cai sobre nós antes que o percebamos. É por isso que Paulo exige e deseja em sua carta um cristianismo que verifica criticamente: “Examinem qual é a vontade de Deus, a boa e agradável e perfeita”. Com frequência é preciso descobrir o que é bom, investigá-lo criticamente, se possível num esforço comunitário. A reflexão também faz parte da releitura (a saber, na Bíblia). “Entende o que está lendo?” (At 8.30 [NVI]). Nosso versículo adverte contra o “esquema desse mundo”, mas não oferece em troca um esquema cristão, e sim a intenção de examinar e de aprender permanentemente para descobrir a vontade de Deus. “Aprendei de mim!” (Mt 11.29)”.
Conforme estudamos, quando Daniel foi levado cativo para a Babilônia, ele e seus amigos passaram por um período de adaptação e treinamento, para que depois, pudessem ser úteis ao império.
“O próprio rei escolheu a comida que devia ser dada aos jovens. Tudo do bom e do melhor, da própria despensa do rei, vinhos e carnes. Eles deveriam se alimentar dessa comida por três anos. Quando terminasse o treinamento, passariam a ser auxiliares do rei”. (Dn 1.5 – BV)
Durante este período, Daniel; bem como seus amigos; foram provados quanto a firmeza da fé que professavam, pois tiveram que decidir se manter fiéis aos padrões de alimentação exigidos pela lei, em detrimento de se alimentarem com a comida que lhes era servida.
“Daniel decidiu que nunca iria comer a comida ou beber os vinhos que o rei havia dado aos rapazes, porque eram coisas proibidas para os judeus. Ele pediu ao chefe dos empregados para comer outras coisas”. (Dn 1.8 – BV)
Na lição passada nós comentamos sobre um erro cometido por aqueles que não se aprofundam no conhecimento bíblico, pois muitos afirmam que Daniel e seus amigos decidiram não se alimentar da comida; ou como a Bíblia nos mostra na tradução ARC; dos manjares do rei, porque aquela comida era sacrificada aos ídolos, porém, não existe nenhum texto que assegure tal posicionamento.
Por isto, precisamos ler a Bíblia em várias traduções, consultar o dicionário para conhecermos as palavras e seus significados originais, bem como conhecer o contexto do que estamos lendo.
Quando Daniel decidiu propor uma alimentação ao homem que estava a cargo de sua vida, ele nada mais fez do que ser fiel aos ensinamentos de Deus quanto a alimentação correta para os judeus e isto, foi uma grande prova de sua fidelidade ao Senhor e demonstrou que ele era uma pessoa de palavra e de confiança.
Infelizmente, muitos cristãos quando são provados sobre sua fé, naufragam na primeira viagem ao mar das dificuldades.
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De forma clara, Daniel não quis se contaminar e teve coragem para pedir para Aspenaz; o serviçal do rei; que os alimentasse com frutas e verduras e depois os comparasse com os outros que se alimentariam da comida preparada por eles.
“Daniel procurou o mordomo que o chefe tinha indicado para cuidar dele, de Hananias, de Misael e Azarias, e sugeriu que durante dez dias eles comessem apenas legumes e só bebessem água. Quando terminassem os dez dias, o mordomo poderia comparar os quatro com os outros rapazes que comiam a comida fina dada pelo rei, e decidir se deveria ou não deixar que os quatro continuassem em sua dieta de legumes e água”. (Dn 1.11-11 – BV)
Leiamos o comentário de Champlim sobre este texto:
“Daniel foi o porta-voz dos outros três jovens hebreus e reconheceu que todos os quatro estavam debaixo da autoridade de Aspenaz. Se o homem insistisse, acabaria fazendo o que bem quisesse, e Daniel e seus amigos teriam de obedecer-lhe, ou então sofreriam as consequências da desobediência. Mas Daniel pediu que a questão fosse submetida a teste por “dez dias”. Eles comeriam apenas legumes e tomariam água. A dieta de vegetais evitaria completamente a carne, incluindo aqueles tipos não permitidos pelas leis judaicos do Limpo e do Imundo. Beber somente água evitaria que os jovens se embriagassem com o vinho sem mistura dos babilônios, que seria forte demais para os hebreus, acostumados a misturar vinho com água. Os antigos sabiam quais alimentos eram necessários à boa saúde. A carne é essencial, a menos que seja substituída por leite e derivados, que contêm proteínas, ou pelos tipos de feijão que também contêm proteínas. O complexo de vitaminas B é difícil de conseguir, a menos que se consuma carne. Portanto, ficamos perplexo diante da esperança de sucesso com uma dieta vegetariana, que não era a forma típica de alimentação dos hebreus. Só podemos supor que Yahweh tenha intervindo. Naturalmente, dez dias não é o suficiente para produzir deterioração visível no estado físico de uma pessoa que se alimenta sem consumir proteínas e o complexo de vitaminas B. Seja como for, uma quantidade suficiente de trigo poderia salvar o dia. Passados os dez dias haveria uma cuidadosa inspeção da condição física dos hebreus; eles seriam comparados com os não-hebreus que tinham comido carne e bebido vinho e estavam no programa de treinamento de Nabucodonosor. Aspenaz seria o juiz e tomaria uma nova decisão sobre os alimentos e as bebidas, se assim julgasse melhor. John Gill {in loc.) supunha que Yahweh fizera a Daniel uma revelação garantindo o sucesso do teste, mas isso parece desnecessário. Daniel, podemos ter certeza, confiava no Ser divino quanto ao bom resultado da experiência, pois estava servindo ao Ser divino.”
Não nos conformar com os padrões do mundo exigirá inúmeras renúncias que nos transformarão em pessoas estranhas perante a sociedade que está sendo governada por um sistema satânico (Jo 16.11).
Em grande parte das vezes seremos vilipendiados, escarnecidos e seremos chamados de alienados, porém, foi exatamente isto que Paulo disse que precisávamos fazer e exatamente o que Daniel e seus companheiros fizeram.
É muito importante lembrarmos que após o período de teste que durou 10 dias, a comparação foi assustadora para Aspenaz, pois de forma intrigante, os jovens judeus tinham uma aparência mais saudável do que aqueles que comeram da comida babilônica.
Existem duas vertentes de pensamento nesta situação. A primeira acredita que Deus garantiu de forma miraculosa que eles ficassem mais saudáveis; porém, a mais confiável e lógica é que, pelo fato deles terem se alimentado com alimentos que estavam acostumados a comer, não tiveram problemas intestinais, nem estomacais e continuaram saudáveis, enquanto aqueles que se alimentaram de uma comida provavelmente diferente da que estavam acostumados em sua terra natal, não tiveram a mesma sorte.
Como cristãos, precisamos agir com sabedoria, pois esta é proveniente do Senhor (Pv 1.7).
Acredita-se que Daniel orou ao Senhor e pediu a Ele sabedoria para resolver esta difícil questão e a resposta de Deus não poderia quebrar sua própria lei no tocante à alimentação dos judeus.
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A tradução da Bíblia Viva nos apresenta um texto mais fácil de ser interpretado sobre que tipo de homem era Daniel.
“Deus deu aos quatro rapazes uma capacidade de aprender fora do comum, e logo eles conheciam muito bem toda a literatura e a ciência de sua época. Além disso, Deus deu a Daniel uma capacidade especial para compreender os significados dos sonhos e visões”. (Dn 1.17 – BV)
Aqueles jovens tinham sabedoria e um dom especial para aprender de forma rápida e isto provavelmente chamou a atenção de todas as pessoas que estavam naquele treinamento, em especial de Aspenaz que era o responsáveis por prepará-los.
“E o rei falou com eles; e entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso, permaneceram diante do rei. E em toda matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino. E Daniel esteve até ao primeiro ano do rei Ciro”. (Dn 1.19-21 – BV)
Após a preparação daqueles jovens, eles foram apresentados ao rei para que pudessem ser úteis em seu reino e a Bíblia nos mostra que o rei comprovou que aqueles 4 jovens eram extremamente sábios e dotados de uma capacidade de aprendizagem inigualável.
Existe inúmeros dons que o Senhor pode nos dar e, no N.T. existem os dons espirituais, sendo que um deles é a palavra do conhecimento.
A maneira mais simples de explicar este dom é que ele proporciona a quem o recebe um poder sobrenatural de resolver questões difíceis e em muitos casos, aparentemente impossíveis.
Dá-nos a entender que aqueles jovens possuíam algum tipo de dom parecido com os dons espirituais.
Vejamos o que Champlim escreve sobre este assunto:
“Daniel e seus amigos dominaram realmente as matérias que haviam estudado. Eles tinham compreendido a matemática e as ciências; dominaram a astrologia, a astronomia e, ao que tudo indica, as artes psíquicas; ou por que o autor diz que eles ultrapassaram em conhecimento aos mágicos e encantadores? Aqueles hebreus, de fato, eram dez vezes mais espertos que os jovens não-hebreus e chegaram até a aprender a gramática babilónica, embora usualmente os estudantes tenham alergia à gramática. Do que todos os magos. No hebraico, hartummim, palavra também usada nos capítulos 2, 4 e 5. Ver também Gên. 41 e Êxo. 7-9. O termo pode referir-se à classe dos sábios, mas devemos lembrar quão importantes eram para os babilônios as artes psíquicas. O que é psíquico é neutro em si mesmo e pode ser posto em bom ou mau uso. Um homem, por ser um homem, tem poderes psíquicos, que são apenas inerentes à natureza humana. Existem abusos quando mentes estrangeiras e espíritos se misturam. Além disso a mente humana pode ser corrompida e, com frequência, se corrompe. No entanto, o ser humano é uma psique, um espírito, e, naturalmente, possui qualidades e habilidades espirituais. “A palavra geral mágicos (no hebraico, hartummim, Dan. 1.20 e 2.2) referia-se a homens que praticavam as artes ocultas. Essa palavra também é usada em Gên. 41.8; Êxo. 7.11,22; 8.7; 9.11” (J. Dwight Pentecost, in loc.). Encantadores. No hebraico, ‘assapim, palavra usada somente por duas vezes no Antigo Testamento: Dan. 1.20 e 2.21. Provavelmente estão em vista aqueles que eram aptos em todas as formas de encantos mágicos e exorcismo. Eles eram espertos nas questões espirituais, conforme os babilônios as entendiam. Provavelmente por trás dessa palavra está o verbo babilónico kasapu, ‘“encantar, “lançar um encantamento”, “exorcizar”. Daniel e seus amigos ultrapassavam a esses homens. Porventura os derrotaram no próprio jogo deles? Não há razão para supormos que Daniel se reduziu a praticar as artes dos babilônios, mas a indicação clara do texto é que ele era homem dotado de consideráveis aptidões psíquicas e proféticas. Ele tinha uma excelente forma de misticismo. Não apenas lia a Bíblia e orava”.
Precisamos abrir um parêntese neste estudo para afirmarmos que o cristão se encontra neste mundo e viverá aqui durante os anos que o Senhor tem para cada um de nós.
Desta forma, precisamos ser sábios e nos esforçarmos em conhecer e dominar todas as “artes” que nos forem apresentadas, ou seja, precisamos obter o maior número de conhecimento que pudermos sobre os diversos assuntos existentes neste mundo.
Não podemos estudar somente a Bíblia, mas devemos, com sabedoria, estudar as diversas ciências existentes na face da terra e sermos exemplos de conhecimento para as pessoas que nos cercam.
Existiram ao longo da história, homens e mulheres que contribuíram para que nossa existência aqui fosse melhor, homens que fizeram a diferença em sua época e que ainda fazem, tais como Johannes Kepler, um dos maiores astrônomos que o mundo já viu; Copérnico, fundador da cosmovisão moderna; Isaac Newton, fundador da teoria clássica da física; dentre outros.
Estes homens, assim como Daniel, fizeram a diferença por onde passaram, pois, não se esqueceram de que Aquele que os dotou de sabedoria e capacidade de aprender, é um só, o Deus todo poderoso, que merece toda glória.
Estes homens mostraram para o mundo que eles eram “diferentes” porque haviam decidido servir a Deus e não se contaminar com este mundo e isto nos fala sobre a importância de cuidarmos de nosso caráter.
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