Buscar no blog
16/04/2020
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
“O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.” (Salmo 23.1)
SALMO 23
O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas.
Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias.
Olá irmãos e irmãs, Paz do Senhor.
Estudaremos nesta lição, o Salmo 23, um salmo que traduz maravilhosas verdades a respeito do relacionamento entre Deus e os homens, relatados através do relacionamento entre as ovelhas e seu pastor.
Vamos ler este Salmo em uma tradução mais fácil de compreender como a que a Bíblia Viva utiliza:
“O SENHOR É O meu pastor. Ele me dá tudo de que eu preciso!
Ele me leva aos pastos de grama bem verde e macia para descansar. Quando sinto sede, Ele me leva para os riachos de águas mansas.
Ele me devolve a paz de espírito quando me sinto aflito. Ele me faz andar pelo caminho certo para mostrar a todos quão grande Ele é.
Eu posso andar pelo vale escuro, onde a morte está bem perto; mas continuo tranquilo e não sinto medo. Tu, Senhor, me guias e proteges constantemente!
Preparas uma refeição deliciosa para mim, na presença dos meus inimigos. Tu me recebes como um convidado de honra; e a minha vida fica cheia das tuas bênçãos!
Eu tenho absoluta certeza de que a tua bondade e o teu amor cuidadoso me acompanharão todos os dias da minha vida, sim; eu viverei na presença do Senhor para sempre!”
Por diversas vezes, a Bíblia utiliza o que conhecemos como “figuras de linguagem”, que são recursos da Língua Portuguesa que criam novos significados para as expressões, ao trabalhar com o sentido conotativo em vez do literal.
Existem 35 figuras de linguagem divididas em:
Metáfora, símile ou Comparação, Analogia, Metonímia, Perífrase, Sinestesia, Hipérbole, Catacrese, Eufemismo, Pleonasmo, Anáfora, Ambiguidade ou Anfibologia, Antonomásia, Alegoria e Simbologia.
Elipse, Zeugma, Silepse, Hipérbato ou Inversão, Polissíndeto, Assíndeto e Anacoluto.
Antítese, Paradoxo, Gradação ou Clímax, Personificação ou Prosopopeia, Ironia, Apóstrofe, Alusão e Quiasmo.
Cacofonia, Onomatopeia, Aliteração, Assonância e Paronomásia.
As mais utilizadas na Bíblia são as figuras semânticas, em especial as metáforas, símiles, e em alguns casos, anáforas e hipérboles.
É importante que os professores saibam o significado destas, pois poderão ser úteis no processo de interpretação de textos.
A metáfora e as símiles são comparações, porém, a metáfora é mais subjetiva, pois sugere implicitamente uma ligação entre dois seres ou entidades diferentes a partir de uma característica em comum, enquanto a símile apenas aponta que existe uma semelhança específica e objetiva entre os dois elementos comparados.
Exemplo de metáfora: “Vós sois o sal da terra.” (Mateus 5:13)
Exemplo de símile: A Bíblia, por exemplo, diz-nos que o homem que ama a lei de Deus é semelhante a uma árvore. Em que sentido? “Ele há de tornar-se qual árvore plantada junto a correntes de água, que dá seu fruto na sua estação e cuja folhagem não murcha, e tudo o que ele fizer será bem sucedido.” (Salmo 1:3)
A anáfora é um recurso utilizado para dar mais ênfase à mensagem, por meio da repetição de palavras. Ela acontece de forma sucessiva no começo das frases, versos ou períodos. (Na verdade, na verdade eu te digo…)
A hipérbole serve para exaltar uma ideia, com o objetivo de causar maior impacto e entusiasmo. Ela é muito usada em nosso cotidiano, como na expressão “Estou morta de fome”. “Então, por que olhas para o argueiro no olho do teu irmão, mas não tomas em consideração a trave no teu próprio olho?” (Mateus 7:3)
Estudaremos as particularidades do Salmo 23 que nos mostra uma excelente metáfora, comparando o pastor de ovelhas ao Senhor.
Faça um exercício com seus alunos, pedindo para fecharem as revistas e pergunte-os por quais motivos o Senhor é descrito como pastor e porque o salmista o comparou com um pastor de ovelhas.
Conforme aprendemos na introdução, a Bíblia utiliza figuras de linguagem para tornar o processo de comunicação mais interessante.
O escritor utiliza uma metáfora para comparar o Senhor ao pastor que cuida das ovelhas (seres humanos) e tal comparação ficou mundialmente conhecida entre adultos e crianças, pois relaciona-se com importantíssimas necessidades humanas.
Assim como os seres humanos possuem necessidades básicas como alimentação e proteção, as ovelhas também as possuem.
Uma das maravilhas bíblicas é que Deus sempre se preocupou em fazer seu povo compreender o que estava falando, por isto, fazia associações com tudo aquilo que existia na natureza. Jesus utilizou o mesmo modelo de ensinamento quando esteve neste mundo.
Várias são as curiosidades a respeito das ovelhas, vejamos algumas:
Como pastor, o Senhor nos protege, cuida, provê descanso, comida e bebida e muito mais.
Leiamos o que o Teólogo Americano Norman Champlin escreve sobre isto:
“O salmista desejava expressar vividamente o seu senso dos cuidados de Deus. Ele refletiu sobre o passado e concluiu que Deus o guiara com o um pastor conduz suas ovelhas impotentes e totalmente dependentes. O autor sagrado levou em conta a lealdade e devoção dos pastores orientais em seus cuidados pelas ovelhas, que o capítulo 10 do evangelho de João exprime de forma tão eloquente. Visto que “o Senhor é o meu pastor, por isso mesmo nada me faltará”. Essa era a confiança que tinha o Pastor sagrado. Quando aplicam os esta figura a Jesus, o Cristo, então farem os do Salmo 23 um salmo messiânico, e não apenas um salmo de confiança”.
Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com
O tópico anterior nos ensinou que as ovelhas não estão atentas aos perigos que possam enfrentar, devido aos vários anos de domesticação e, por isto, precisa de um pastor ou cuidador para não deixá-las se perder, serem atacadas por lobos ou por outros animais e não morrerem por inanição.
Quando o salmista escreve que Deus é o nosso pastor, ele está dizendo que Ele é poderoso para nos livrar dos perigos que existem por aí, pois, como não somos oniscientes, não conseguimos enxergar o futuro e não sabemos o que estará à nossa espreita.
Jesus disse que Ele é o Bom pastor e o bom pastor dá a vida por suas ovelhas. Este “dar a vida” deve ser entendido de duas formas, literalmente, pois Jesus morreu por nós, que somos as ovelhas e figurado, pois Ele nos protege através dos ensinamentos da Palavra e da ação do Espírito Santo que nos mostra o que devemos fazer.
Leiamos o que o Salmo 1 nos ensina:
“COMO É FELIZ o homem que não vai atrás da opinião das pessoas desligadas de Deus, que não fica à toa na companhia dos pecadores, nem participa de rodinhas onde fazem pouco caso de Deus. Mas ele faz da Lei do Senhor a fonte da sua alegria. A todo instante, de dia e de noite, ele pensa nessa Lei; fica imaginando como pode obedecer ao Senhor mais de perto. Ele é como uma árvore plantada junto à margem de um rio. Nunca deixa de dar fruto na estação própria. As suas folhas nunca murcham e ele sempre terá sucesso em todas as suas atividades. (Sl 1.1-3 – BV)
O verso dois nos mostra que aqueles que meditam na Lei do Senhor de dia e de noite serão felizes, ou bem aventurados.
A Palavra de Deus nos protege dos perigos do mundo que jaz no maligno (1 Jo 5.19).
O Salmo 91, também muito conhecido pelos cristãos, bem como por aqueles que não são cristãos, nos ensina muito sobre a proteção do Senhor, vejamos:
“Aquele que vive na habitação do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-Poderoso desfrutará sempre da sua proteção. Sobre o Eterno declara: “Ele é meu refúgio e minha fortaleza, o meu Deus, em quem deposito toda a minha confiança”. Ele te livrará do laço do inimigo ardiloso e da praga mortal. Ele te cobre com suas plumas, e debaixo de suas poderosas asas te refugias; sua fidelidade é escudo e armadura. Não temas o terror que campeia na calada da noite, tampouco a seta que procura seu alvo durante o dia. Não temas a peste que se move sorrateira nas trevas, nem o demônio que devasta ao meio-dia. Ainda que caiam mil ao teu lado e dez mil à tua direita; tu não serás atingido”. (Sl 91.1-7 – KJA)
Não sabemos quem realmente escreveu este salmo, Moisés ou Davi, mas independentemente qual dos dois personagens o tenha escrito, ambos viveram situações de perigo muito marcantes e poderiam afirmar que o Deus todo poderoso é um guarda fiel.
É muito importante reforçarmos para os alunos que o tópico nos diz que a ação do pastor para com as ovelhas é proporcionar descanso em tempos de perigo e não somente nos proteger e isto nos revela algo sensacional, pois a polícia e as leis em vários aspectos podem nos proporcionar proteção, mas somente o Senhor pode nos dar descanso quando formos acometidos por algum perigo.
O verso 4 do Salmo 23 nos diz o seguinte:
“Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam”. (ARC)
O salmista não diz que ficaríamos livres do perigo, mas sim que, em meio ao perigo, Ele estaria conosco e, por isto, não deveríamos temer mal algum.
Um importante ponto a ser discorrido em sala de aula é que o verdadeiro cristão não teme sequer a morte, pois sabe para onde irá se isto acontecer e, além disto, quando entregou sua vida ao Senhor, compreendeu que Ele estaria tomando conta de tudo.
Leiamos a experiência contada por Champlin em sua enciclopédia bíblica:
“Meu irmão, missionário evangélico primeiramente no Zaire e mais tarde no Suriname, conta a história da morte de sua sogra, a quem ele nunca conheceu. Mas a esposa dele, que era apenas uma menina na época, estava presente por ocasião do falecimento. Ela morreu no Congo (atualmente Zaire), vítima da peste negra. Por longo tempo, a família havia labutado ali, mas era essencialmente ignorada pelos nativos, que não tinham nenhum a inclinação por receber a “nova fé”. Foi então que a mãe da família ficou muito enferma e faleceu. O pai da família escavou um tronco como se fosse um caixão de defunto, e o corpo morto da mulher foi posto ali. Os nativos estavam ao redor, enquanto a família do missionário conduzia seu próprio culto fúnebre. Os nativos observaram a cena incomum, o homem branco sepultando sua esposa na floresta africana. A esposa de meu irmão, sendo então apenas uma criança, leu as Escrituras, de pé sobre o tronco que servia de caixão, antes que este fosse baixado no buraco cavado no solo. Os nativos acompanharam tudo com olhos admirados, em especial a pequena menina lendo a Bíblia, de pé sobre o caixão mortuário da mãe. Então foram proferidas as bênçãos finais, e o tronco foi baixado à terra. Logo havia conversações por toda a parte. Por que aquilo aconteceu? Um dos presentes ao funeral dirigiu-se então ao missionário e disse: “Sabíamos que sua religião era boa para viver, mas não sabíamos que ela também era boa para morrer”. Ao descobrir que a religião evangélica também era “boa para morrer”, eles abriram o coração para a nova fé. O Bom Pastor fez isso tornar-se uma realidade: quando morremos, vamos para aquela noite boa”.
Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com
A Bíblia nos fala a respeito da “paz que excede todo entendimento” na carta de Paulo aos Filipenses, no capítulo 4 e versículo 7, leiamos:
“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus”. (ARC)
O contexto deste texto nos fala sobre ansiedade e qual deve ser nosso comportamento diante daquilo que não podemos controlar e o versículo 7 nos mostra que ainda que estejamos vivenciando situações desesperançosas, a paz do Senhor estará conosco.
O refrigério descrito pelo salmista no Salmo 23 é exatamente isto, paz em tempos de tribulação.
Outra possível interpretação do verso 3 do Salmo 23 “refrigera minha alma” é que o verdadeiro pastor, neste caso o Senhor, cuida das ovelhas saudáveis, bem como das enfermas.
Imaginemos uma pessoa em estado terminal de um câncer, onde a cura não acontecerá.
O verdadeiro cristão, alicerçado na Palavra de Deus, receberá do supremo pastor a paz necessária para viver dignamente até o dia de sua morte e isto na maioria das vezes, produz um grande exemplo e quebrantamento para as pessoas que estão à volta do doente.
O comentarista de revista nos lembra que estar em pastos verdejantes, que para os espiritualistas seria um local que produz alegria e paz, dependendo da situação em que uma pessoa esteja vivenciando, como no caso de uma doença como o câncer, estar neste tipo de lugar não faria nenhum tipo de diferença, por isto, o refrigério que Jesus nos dá através do Espírito Santo que habita em nós, é infinitamente superior a todos os artifícios testados pelos homens ao redor do mundo e em todas as épocas.
Continuando o que escrevemos no tópico anterior, o Salmo 23 nos traz algumas situações difíceis, vejamos:
O verdadeiro pastor, o Bom pastor, não está condicionado a possibilidades, pois Ele controla tudo e todos e, se desejar, pode fazer a saúde ser restaurada, os inimigos se converterem de seus maus caminhos ou até mesmo matá-los e trazer abundância de provimentos se necessário for.
Na morte Ele pode trazer vida e paz, durante a perseguição ele pode nos dar sabedoria e livramento e diante de uma situação caótica, como por exemplo a que estamos vivendo por causa do COVID-19, ele é poderoso para nos dar muito mais do que pedimos ou pensamos, segundo o poder que habita em nós, ou seja, segundo o Espírito Santo.
Os autores do Comentário Bíblico Beacon escrevem o seguinte:
“Aqui está a certeza da ajuda no momento mais difícil da vida. A morte não é um adversário desprezível. Ela é o nosso último grande inimigo (1 Co 15.26). Se Deus pode nos dar coragem nesse momento, como tem dado a tantos outros, Ele pode nos ajudar em qualquer lugar. Mal é um termo amplo para qualquer tipo de dano ou perigo que possa nos sobrevir. “Não me faltará a Presença Divina” (23.4b). Porque tu estás comigo. Esse é o motivo principal para toda a confiança do salmista. O Senhor não o deixará nem o desamparará (Ex 33.14; Dt 31.6-8; Js1.5-9 etc.). Nessa Presença há força, conforto, descanso e esperança. Nesse ponto significativo a descrição (2-3) dá lugar, à adoração.
Para continuar lendo esse esboço CLIQUE AQUI e escolha um dos nossos planos!
É com muita alegria que nos dirigimos a você informando que a EBD Comentada já está disponibilizando os planos de assinaturas para que você possa continuar a usufruir dos nossos conteúdos com a qualidade já conhecida e garantida.
Informamos que mantemos uma parceria missionária com a EQUIPE SEMEAR, localizada na cidade de Uberaba – MG, que realiza relevante trabalho de evangelismo na própria Uberaba e região;
CLIQUE AQUI para ser nosso parceiro missionário e continuar estudando a lição conosco…
Deus lhe abençoe ricamente!!!
Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
Acesse os esboços por categorias