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27/01/2022
“Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá”. (Ez 18.4)
Ezequiel 18.19,10,26,27
19.Mas dizeis: Por que não levará o filho a maldade do pai? Porque o filho fez juízo e justiça, e guardou todos os meus estatutos, e os praticou, por isso, certamente viverá.
20.A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.
26.Desviando-se o justo da sua justiça e cometendo iniquidade, morrerá por ela; na sua iniquidade que cometeu, morrerá.
27.Mas, convertendo-se o ímpio da sua impiedade que cometeu e praticando o juízo e a justiça, conservará este a sua alma em vida.
Paz do Senhor.
Os seres humanos foram chamados de “Coroa da criação” (Sl 8.5), porém, o contexto em que o salmista escreveu não estava afirmando que somos muito importantes, mas, perguntando a Deus por quais motivos Ele se lembra de nós.
“Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites? Contudo, pouco menor o fizeste do que os anjos e de glória e de honra o coroaste”. (Sl 8.3-5 – ARC)
Em outra tradução:
“Por que te importas conosco? Por que olhas uma segunda vez para nós?”. Ainda assim, por pouco deixamos de ser deuses, esplendorosos como a luz matinal do Éden. (BAM)
O patriarca Jó também abordou este assunto.
“Que é o homem, para que tanto o estimes, e ponhas sobre ele o teu coração, e cada manhã o visites, e cada momento o proves?” (Jó 7.17 – ARC)
O Senhor é o Todo Poderoso e nos fez com alguns propósitos bem específicos.
O livro de Gênesis nos mostra que após a criação do ser humano, o Senhor olhou e viu que tudo era muito bom (Gn 1.31), diferentemente do que disse após ter criado todas as outras coisas.
Este livro também nos mostra que fomos criados à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.27) e isto nos mostra que temos a essência do Senhor em nós e somos as únicas criaturas que possuem espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23).
Se observarmos a Bíblia em todos os seus livros, verificaremos que mesmo sabendo que os seres humanos pecariam, o Senhor nos amou e preparou uma maneira de restaurar a comunhão que foi perdida por Adão e Eva no Éden.
Isto nos mostra que realmente somos importantes para o Senhor e isto não está relacionado a nós ou às nossas práticas, mas, ao grande amor de Deus.
Este Deus de amor sempre teve o cuidado de revelar-se a nós e nos ensinar sobre si e, a única coisa que pede de nós é que andemos humildemente para com Ele.
“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq 6.8 – ARC)
Ele sabe que somos pó (Sl 103.14) e que nossa natureza é potencialmente pecaminosa, mas, mesmo assim nos ama.
O teólogo americano Richard Julius Sturz, nos traz um rico comentário sobre este texto.
“Que pratiques a justiça, e ames a misericórdia. Das três exigências, as duas primeiras têm que ver com o relacionamento do homem com o seu semelhante; a terceira, com seu relacionamento com Deus. Praticar a justiça significa aqui tratar os outros com equidade e de conformidade com as exigências da lei mosaica (Êx 23.6; Lv 19.15; Dt 16.19; cf. Mq 3.8). A crítica multifacetada que Miquéias faz de seus conterrâneos ao longo da profecia está resumida nessas palavras. Compare 2.1-2,8-9; 3.1-3 e, em especial, a segunda parte do capítulo 6 (vv. 9-12). O segundo requisito vai além da equidade e aponta para a misericórdia (hesed). Se o primeiro diz respeito às exigências da lei de Deus, o segundo requer que não apenas a justiça mas a bondade seja oferecida aos necessitados, aos miseráveis, aos oprimidos. Ela abrange todos os atos caridosos. 1 Deve-se agir como Deus age. É o oposto de 7.3. Embora essas duas exigências estejam voltadas para os relacionamentos inter-humanos, elas brotam diretamente do caráter e da revelação de Deus (Os 12.5-6). Não se baseiam em “direitos humanos” nem em qualquer outro tipo de filosofia humanista. E andes humildemente com o teu Deus. Não basta cumprir as exigências da lei. Requer-se que o homem procure imitar Enoque (Gn 5.24)! “Humildemente” (sãna‘) significa andar “com cuidado”, andar “com plena percepção daquilo que Deus tem feito pelo seu povo”2 (cf. Nm 12.3). Em Mateus 6, Jesus usa contrastes para desenvolver em maior profundidade o que é andar humildemente com Deus. Ezequias havia usado tanto “Iavé”, o nome divino, quanto “Deus”, a palavra genérica para “divindade” (v. 6), Miquéias responde usando os mesmos termos, terminando com a expressão “teu Deus” (em lugar de “nosso Deus”) e pondo, assim, toda a responsabilidade diretamente sobre o líder do povo de Deus. Assim mesmo, a referência só pode ser ao Deus que se revelou como Iavé”.
Lembremos que o Miquéias profetizou após o cativeiro de Israel e os lembra de forma categórica sobre a condição de pecadores que era pertinente a cada um deles.
A profecia de Miquéias é particularmente importante para nós, como povo de Deus, por nos permitir fazer uma análise profunda de nós mesmos e de nossa relação com Deus.
Se observarmos os textos bíblicos, verificaremos que os pecados dos seres humanos são cíclicos, ou seja, vão e voltam da mesma forma.
O apóstolo Paulo nos mostra em sua carta aos gálatas que existem comportamentos que são provenientes da nossa natureza pecaminosa e são estes que nos afastam de Deus.
“Aqui vai o meu conselho: vivam nesta liberdade, motivados pelo Espírito de Deus; só assim vencerão seus impulsos egoístas. Pois há em nós uma raiz de egoísmo que guerreia contra a liberdade do Espírito! Esta liberdade é incompatível com o egoísmo. São dois modos de vida opostos: não dá para viver com os dois. Por que não escolhem o caminho do Espírito? Só por ele poderão fugir dos impulsos inconstantes de uma vida dominada pela Lei. Todos conhecem o tipo de vida de uma pessoa que quer fazer o que bem entende: sexo barato e frequente, mas sem nenhum amor; vida emocional e mental detonada; busca frenética por felicidade, sem satisfação; deuses que não passam de peças decorativas; religião de espetáculo; solidão paranoica; competição selvagem; consumismo insaciável; temperamento descontrolado; incapacidade de amar e de ser amado; lares e vidas divididos; coração egoísta e insatisfação constante; costume de desprezar o próximo, vendo todos como rivais; vícios incontroláveis; tristes paródias de vida em comunidade. E, se eu fosse continuar, a lista seria enorme.” (Gl 5.16-19 BAM)
Se somos tão falhos como a Bíblia descreve, precisamos tomar muito cuidado para não incorrermos no erro de muitos e viver uma vida baseada na satisfação de nosso ego.
Ezequiel profetizou para um povo que demorou para reconhecer que estavam em desobediência e que foi isto que os levou ao cativeiro e, nos dias atuais, muitos agem da mesma forma, achando-se muito importantes e acima das leis do Senhor.
É de suma importância que ensinemos nossos alunos sobre a nossa fragilidade e condição pecaminosa e reforcemos que somos responsáveis por nossos atos diante de Deus e dos outros.
Mencionamos na lição passada sobre a Lei da Semeadura (Gl 6.7), que trata a respeito da plantação e colheita, ou seja, da ação e reação.
O nosso comportamento ditará os frutos que colheremos e não existe como fugirmos disto.
Se desejarmos colher paz, precisaremos plantar paz, pois, é impossível colhermos algo que não plantamos.
Os judeus ortodoxos ainda praticam o “Bar Mitzvah” que é uma cerimônia de grande importância, marcada pela chegada da maioridade religiosa.
Aos 13 anos, o menino judeu é considerado um adulto responsável por seus atos, do ponto de vista judaico. Bar Mitzvah significa, literalmente, “filho do mandamento”. A criança de 13 anos passa a ter as mesmas obrigações religiosas dos adultos, tornando-se responsável pelos seus atos e transgressões.
É importante reforçarmos que o menino judeu passa a ser responsável por seus atos diante de Deus e de toda sociedade e isto nos ensina algo maravilhoso: O ser humano deve se responsabilizar por seus atos a partir do momento em que se torna capaz. Para os judeus, as crianças alcançam esta responsabilidade com 13 anos.
O que dizer do nosso código penal que aguarda até os 18 para que as sansões da lei sejam praticadas de forma plena.
No capítulo 18 do livro de Ezequiel, o Senhor aborda este ponto e coloca sobre “os lombos” dos judeus que estavam no cativeiro, a responsabilidade por tal situação.
“A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele”. (Ez 18.20 – ARC)
Existia uma ideia de que os filhos herdariam as iniquidades dos pais, com base em um texto do livro de Êxodo.
“Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos”. (Ex 20.5,6 – ARC)
Este texto é utilizado até hoje pelos adeptos da “maldição hereditária”, que afirmam que os filhos “pagam” pelos pecados dos pais.
O texto contido no livro de Ezequiel é uma resposta de Deus a esta errônea interpretação, pois, o que o livro de Êxodo menciona é a continuação dos pecados dos pais por parte dos filhos e não o castigo pelos pecados daqueles.
Existe uma regra da hermenêutica conhecida como “Inferência”, que está associada à primeira regra que nos mostra que a Bíblia se auto interpreta, ou seja, se utilizarmos outros textos que abordam o mesmo assunto, poderemos fazer uma interpretação mais correta.
Definitivamente não devemos utilizar textos isolados da Bíblia para criar doutrinas, pois, podemos incorrer em terríveis erros.
A negação categórica de Ezequiel no capítulo 18, declara que a iniquidade não é necessariamente herdada, assim como a justiça não é herdada. A justiça ou a iniquidade do indivíduo ficará sobre ele.
Os 4 primeiros versículos do capítulo 18 de Ezequiel deixa claro este assunto.
“E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Que tendes vós, vós que dizeis esta parábola acerca da terra de Israel, dizendo: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram? Vivo eu, diz o Senhor JEOVÁ, que nunca mais direis este provérbio em Israel. Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá”. (Ez 18.1-4 – ARC – grifo nosso)
A nação de Judá havia sido levada cativa por causa dos pecados da nação, porém, cada um deveria se examinar e ver em que havia errado e uma das tarefas do profeta Ezequiel era mostrar-lhes seus pecados.
Como este é um assunto que não é “dominado” por muitos, precisamos investir um tempo para explicá-lo em sala de aula, deixando claro que NÃO EXISTE MALDIÇÃO HEREDITÁRIA por si só e que, aqueles que se convertem de seus erros não serão punidos pelos pecados de seus pais.
A tendência de terceirização do erro existe desde Adão e Eva.
“Então, disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi. E disse o SENHOR Deus à mulher: Por que fizeste isso? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi”. (Gn 3.12,13 – ARC)
A responsabilidade era do homem, pois, o Senhor ao havia colocado como responsável pelo jardim e tudo o que nele havia, porém, Adão terceirizou a culpa para Eva que fez o mesmo para com a serpente.
Quando o Senhor chamou Adão (vv. 9), desejava que ele se apresentasse como sempre fazia, porém, ele teve medo do Senhor, pois, estava nu.
O texto nos mostra que o Senhor faz uma pergunta muito séria.
“E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?” (vv 11)
O Senhor sabia o que havia acontecido, mas, queria que Adão se responsabilizasse pelo que havia feito.
Esta é uma situação que se repete desde então e por milhares de anos, os seres humanos tentam terceirizar seus erros e pecados com o intuito de não sofrer os castigos por estes.
A mentira é algo terrível que provém de satanás e corrói a vida dos seres humanos.
A serpente; personificação de satanás; convenceu Eva de que a interpretação que haviam feito do que o Senhor lhes disse, estava errada e ela deu vazão àquilo e foi em direção a Adão.
O Senhor não mente, pois, é a essência da verdade e o diabo mente desde o princípio (Jo 8.44).
Trazendo para o ceio do cristianismo, existem muitas pessoas que possuem fraquezas envolvendo a mentira e isto tem lhes trazido inúmeros prejuízos.
É necessário que haja arrependimento e confissão para que este pecado lhes seja perdoado (1 Jo 1.7-9).
Muitos incorrem neste erro por medo de perder seus “privilégios” e, infelizmente isto acontece com muitos líderes religiosos.
Independentemente da maneira que seremos tratados, devemos confessar, pois, a mentira é um câncer.
Geralmente, para garantir que não sejam descobertos, aqueles que estão envolvidos com este pecado inventam uma mentira após a outra.
Paulo fala sobre o espírito do anticristo em sua carta aos tessalonicenses.
“Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E, por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira, para que sejam julgados todos os que não creram a verdade; antes, tiveram prazer na iniquidade”. (2 Ts 2.9-12 – ARC)
A mentira é uma das manifestações do pecado e é proveniente de seu criador.
Paulo também escreve sobre a mentira para a igreja que estava em Éfeso.
“Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros”. (Ef 4.25 – ARC)
Não podemos mentir! Somos testemunhas de Jesus, que é a expressão da luz e da verdade. Nele não há nenhuma “treva”, ou engano (I João 1.5).
Por isso, nenhuma manifestação da mentira deve ser encontrada nas áreas das nossas vidas. Isso porque cada um de nós, cristãos, somos membros do corpo de Cristo, a Igreja. Somos sal e luz!
Qualquer cristão que seja dependente ou praticante do engano, precisa nascer de novo. Quando o apóstolo João viu os céus abertos em Patmos, o anjo lhe mostrou os santos que haviam morrido e agora estavam diante de Deus.
Dentre tantas coisas eles tinham algo em comum: “Mentira nenhuma foi encontrada em suas bocas; são imaculados”. (Ap 14.5).
Ainda que os seres humanos sejam pecadores e influenciados por satanás, os cristãos precisam vigiar constantemente para não incorrer nos erros que lhes eram comuns antes da conversão.
“Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis”. (Gl 5.16,17 – ARC)
Andar em Espírito é viver uma vida em conexão com o Senhor e isto deve ser um exercício diário, pois, podemos ser influenciados pelas circunstâncias externas a todo momento.
Em outras lições, aprendemos sobre os três grandes inimigos do cristão, que são:
O diabo é nosso inimigo mortal, a natureza pecaminosa está em nós e o mundo é influenciado pelo diabo e não possui o Espírito Santo para lhes transformar.
Desta forma, precisamos viver em vigilância se quisermos viver uma vida piedosa e santa.
Os judeus foram alertados por diversas vezes sobre seu pecado, porém, decidiram não obedecer e, em alguns momentos, zombaram dos profetas que o Senhor enviou.
Sendo assim, a responsabilidade pelo cativeiro era única e exclusivamente deles.
Como podemos escolher o que é certo se nossa natureza é ruim?
A resposta para esta pergunta está na carta de Paulo aos romanos.
“Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei, os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os”. (Rm 2.14,15 – ARC)
Em outra tradução:
“Se um pagão, que desconhece a lei de Deus, consegue segui-la mais ou menos por instinto, ele confirma a verdade dela pela obediência. Comprova assim que a lei de Deus não é um elemento estranho, imposto de fora para dentro, mas algo que faz parte da própria constituição humana. Existe algo no interior do ser humano que ecoa o “sim” e o “não” de Deus, o certo e o errado”. (BAM)
Desde os primórdios os seres humanos conseguem decidir entre praticar o que é certo ou não e isto está intimamente ligado à educação que recebemos e às orientações que nos são passadas de geração em geração.
Por isto, viver em um ambiente familiar saudável e em uma sociedade baseada em bons princípios éticos e morais é de grande importância.
Temos observado que um dos propósitos de satanás é destruir a família, pois, fazendo isto, os códigos morais ruirão com maior facilidade.
O teólogo norte americano Norman Champlim nos traz um comentário marcante sobre este texto.
“A consciência é um veículo natural da razão, utilizando-se dos informes prestados pela razão, em seus cálculos morais. Paulo não duplica aqui a tese que aparece no trecho de João 16:8-11, que diz que o Espírito Santo está diretamente envolvido, onde também ele figura como quem dá aos homens o conteúdo da consciência moral deles, provavelmente porque fazia uma referência especial aos tempos anteriores à vinda de Cristo à terra; mas não podemos duvidar que o apóstolo dos gentios concordaria em que o Espírito Santo, além das evidências fornecidas pela natureza ou pela razão natural, desenvolve dentro dos homens a consciência do bem e do mal, deixando-os moralmente sem desculpas. Pelo menos isso faz parte do ensinamento bíblico sobre o assunto. No nível dos pensamentos, os homens também julgam uns aos outros, e não apenas cada qual a si próprio, o que significa que essa atividade é social. Com base nesses julgamentos, leis escritas são preparadas; e a ideia geral de Paulo parece ser que tais leis contêm uma quantidade significativa de material, comparável com o conteúdo da legislação mosaica. Ora, essas acusações e absolvições também fazem parte da busca intelectual, tal como acontece na filosofia. Embora muitos filósofos tivessem falado como deuses e tivessem vivido como beberrões, todavia, havia entre eles uma comunidade superior em muito àquela que de ordinário prevalecia entre os gentios, pelo menos do ponto de vista moral”.
Champlim nos mostra que a consciência é uma função da alma, a verdadeira inteligência e guia do homem, que conhece inerentemente; e uma vez que ela seja melhorada, empírica e racionalmente, torna-se o código moral do universo. A consciência opera por intermédio da mente, o que explica a menção que Paulo faz dos «…pensamentos…», os quais aprovam ou acusam, tanto aos seus próprios possuidores como aos seus semelhantes.
Paulo não estava falando sobre salvação, mas, sobre uma percepção do que é certo e errado e este conceito já era ensinado pelos gregos.
Concluindo, mesmo aqueles que não são salvos, ou seja, que não possuem o Espírito Santo como ensinador, conseguem discernir o que é certo e o que não é, porém, precisamos reforçar que o ser humano não consegue escolher servir a Deus por si próprio, pois, esta é uma tarefa do Espírito Santo (Jo 16.8).
Conforme estudamos, a nação de Judá foi levada cativa, mas, uma nação é composta por pessoas e foram as pessoas que pecaram.
Dentre as formas de pecar podemos incluir as seguintes:
Os textos bíblicos nos mostram que os judeus pecaram de todas as formas possíveis, não dando vazão ao que o Senhor os estava falando desde os dias em que o reino foi dividido.
O Evangelho escrito por João nos conta a história da mulher samaritana que foi alcançada por Jesus e reconheceu em Jesus a salvação para sua vida, tendo sido uma testemunha do Senhor entre seu povo.
Quando uma pessoa tem uma atitude de arrependimento de seus pecados diante de Deus, o Senhor faz com que ela seja alcançada de alguma forma.
Voltando ao assunto da lei da consciência, precisamos deixar claro que NINGUÉM poderá ser salvo com base em suas próprias obras (Ef 2.8,9) e que a única maneira de sermos salvos é através de Jesus, o Cristo (At 4.12).
A história de que as pessoas que não conhecem Jesus serão julgadas por suas obras é herética e deve ser combatida.
Acreditamos que o Senhor providencia os meios de levar o Evangelho a alguém que será salvo e por isto, teremos muitas surpresas no céu.
Cada pessoa é responsável por suas decisões e é isto que este subtópico está propondo.
Da mesma forma que a mulher samaritana foi alcançada por Jesus, que saiu de sua trajetória para alcançá-la, Ele pode fazer com que sejamos alcançados por sua graça.
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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